Então e a gravidez está a ser aquilo que imaginaste?
Er...mais ou menos. Os primeiros 5 meses foram impecáveis, até me esquecia que estava grávida. Imune à toxoplasmose, ganhei apenas 3 quilos até ao sétimo mês, sempre a comer... abundantemente, digamos. Tirando o sono inicial, que me levava a bocejar diante de turmas inteiras, não deixei de fazer nada que me apetecese, tirando emborcar um valente copo de tinto. Enjoos? Nadinha.
A chatice está a começar agora. Quero passear, limpar a casa, aprontar o quarto... e estou permanentemente cansada e sem fôlego. Sinto-me pesada e trapalhona e o andar à pinguim instalou-se na minha vida. Virar-me na cama é titânico, tal não é a carrada de almofadas que distribuo pela barriga e costas. Bottom line: está a ser bom, (muito bom) com uns momentos chatinhos lá pelo meio, mas que não têm importância nenhuma, visto que não tarda nada temos cá fora uma mini-me!
Exames e consultas e trintaporumalinha. Como é que é tens enfrentado a coisa?
Digamos que continuo uma valente mariquinhas, mas sei que não é só por mim que as consultas, análises e afins acontecem, pelo que me tenho armado de coragem e já frequento hospitais, clínicas e centros de saúde com bastante normalidade.
Ao início senti-me uma valente atrasada mental por não saber o que fazer: ali estava o teste com o + e eu perdida e sem saber para que lado me virar. Depois fui à 1ª consulta e aos poucos a coisa foi-se compondo. Na primeira consulta,com 8 semanas, a eco foi vaginal (julgo que é assim que se chama) e deu para ver a feijoca em formação. Foi uma emoção que não consigo descrever ou comparar a nenhuma outra coisa na minha vida. O Eskisito até choramingou um pedacinho...eu aguentei-me. Sou rija, caraças!
Na ecografia seguinte, com 12 semanas, o médico atirou um "parece miúda" que nos deixou extasiados. Não era uma certeza, mas era o suficiente! E era o que nós mais queríamos.
Na ecografia seguinte tivemos a confirmação que tudo estava bem e que era mesmo uma menina. Depois de avisar toda a gente, calcorreámos as lojas e comprámos imensas coisas rosa. Agora já era oficial e a alegria foi imensa. Daí paraa frente, entre análises, consultas, pesagens, medições de tensão e ecos, tudo foi-se tornando quase normal.
O pior mesmo eu diria que é o "tirar sangue". O melhor? As ecografias. Apesar do medo( e olhem que 10 segundos de silêncio por parte do médico durante uma ecografia é uma eternidade) ver aquele ser pequenino a mexer-se dentro da minha barriga é indescritível.
Coisas que juraste nunca fazer e que fazes:
- Choro por tudo e por nada. Mesmo. Desde o facto de não ter roupa que me sirva até à reportagem sobre qualquer coisa relacionada com bebés.
- Deixei de pensar que as grávidas são umas mariquinhas que não aguentam nada. Eu, que nunca pensei vir a querer servir-me da caixa prioritária, dou por mim furibunda ao ver gente sem necessidade nenhuma a ocupar a caixa prioritária. Caraças que até fico zangada só de escrever.
- Comprei( comprámos) tudo em rosa. Não imagino outra cor.
- Deixo que 2 ou 3 pessoas me mexam na barriga. Custa-me horrores, fico desconfortável, mas não há pessoas que não se mancam e é escusado...
- Comprei (comprámos) um carrinho XPTO e fartei-me de fazer pesquisas para me decidir.
- Fiz(emos) um curso de preparação para o parto.
Coisas que juraste nunca fazer e que não fazes nem tens intenção de fazer:
- Barrigas de gesso. Poupem-me.
- Yoga para grávidas. Acredito que seja muito bom, mas não me imagino a fazê-lo.
- Tatuagens com o nome da criança.