segunda-feira, 1 de junho de 2015

E nos entretantos...

... a nossa A. nasceu.
De uma DPP a 11 de maio, a uma cesariana marcada para dia 8, tudo correu ao contrário (ou não) e eis que ela resolve nascer no dia 30 de abril de madrugada. Sossegada que eu estava com o facto de ter mesmo de ser cesariana, e vai daí sua excelência resolve que quer ser ela a dar o pontapé de saída (literalmente).
O parto foi um tirinho, os nervos deixaram-me azamboada, o pai ia tendo um enfarte e nunca 90 minutos lhe pareceram tão longos...mas passava por tudo outra vez. Minha querida filha, que me veio completar os dias e a alma. Tão calma e tão perfeita. A nossa menina é aquilo que tanto desejámos e mais um tanto. O choro dela, o primeiro, como que a dizer ao mundo "CHEGUEI", está para sempre gravado na minha memória. "Ainda estava dentro da barriga e já estava a chorar!" comentou divertida a obstetra que me assistiu e que me segredou ao ouvido, enquanto eu tremia de medo, frio, nervos "é um instantinho, filha. Não demora nada."
Terminado o parto, levaram-me para o recobro, onde fui encontrar o pai cheio de nervos. Logo a seguir chegou ela. Puseram-ma nos braços e chorámos de mãos dadas enquanto a observávamos ao pormenor. Nunca tinha sentido tal coisa. Aquele ser pequenino, mergulhado num mar cor de rosa, fora feito por nós e ali estava calmamente a dormir, enroscadinha. Nessa noite não dormi. Gravei cada centímetro de pele na memória, estudei-lhe as feições, cheirei-a e tornei-me mãe dela.