sexta-feira, 31 de julho de 2009

FAIL




O coiso no toutiço é para desviar a atenção da penca?

FAIL!

O meu rico marido nunca mais vai voltar a ser o mesmo. Perdeu um pouco do seu mojo quando virei o portátil para ele. Aquele olhar esgazeado, tadinho...

domingo, 26 de julho de 2009

Report do casório da X. e do S.

E de maneiras que mais dois se casaram. Bonito, bonito foi a entrada da noiva ao som de Jeff Buckley, isso e não haver fotógrafo: foi um descanso, porque não há casamento onde eu vá que não prometa porrada ao fotógrafo. Ora uma pessoa não vai para nova, e estas coisas começam a pesar. Por falar em pesar, lembro-me de ter saído muito jeitosa de casa, mas o reflexo que vi no espelho do WC da casa da sogra não era bem o mesmo. Quem é que se lembrou de pôr o coro da catequese a cantar durante a cerimónia? Essa pessoa precisa de um bom pontapé nas canelas.
Tivemos a velhinha cusca a perguntar à S. os pormenores do casório: quem são, quantos são, quais as inclinações políticas, se separam o lixo, enfim, o básico das velhinhas beatas. O E. apareceu de blazer azul com botões dourados, não fosse o corsa com betume no guarda-lama e a havaiana da desinated diver e alguém poderia ficar induzido em erro quanto à nossa proveniência social. O sobrinho mainovo da noiva enamorou-se pelo cão da velhinha beata (que se alapou ao lado da S. no adro da igreja) e nos momentos de maior ternura quase, quase que lhe arrancou um olhinho, enquanto gritava TÁ TÁ. Tudo o que é pequenino tem graça, lá disse a velhota. Fosse ela o cão e talvez não achasse assim tanta graça. Descobrimos também que colocar uma barraquinha da super bock no adro da igreja é um bom nicho de mercado. O pessoal estava já muito mal, e a única coisa que se vendia as redondezas eram velas. Ora as velas não tiram a a sede pois não? Pronto, lá está.
Tive também a confirmação que alguém que lida com coisas como créditos aos clientes e plafonds e não sei quê, acha que carregar no botão do menu da máquina (do kodak!) é que é, e que o botão cá de cima não serve para nada, só estorva, na altura de eternizar o momento. Fuji 1- E. 0.
Depois seguiu-se a parte do comer e da vuída. E eis que se abate sobre a Quinta de S. André um nevoeiro mental que me permite apenas informar que:
- A S. estava possuída por um qualquer ser demoníaco. Tenho as tuas gadanhas enfiadas no cotovelo, minha cabra! Eram 6 da manhã e ela queria ir para as festas da Erra. Belo designated driver, sim senhora! E perdeu os óculos. É a idade! (eu só perdi o brinco, e era pechisbeque)
- O E. fartou-se de dançar e até conseguiu pedir uma magnífica música do Marante para dançar comigo. É de óme.
- O meu rico marido fez duas valentes bolhas no pé esquerdo de tanto dançar. Repito: de tanto dançar.
Felicidades ao casal e fico à espera de saber se o que aí vem é um canutinho ou uma canutinha. Beija a noiva!

sexta-feira, 24 de julho de 2009

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Oooooh happy day! OHHH HAPPY DAY!!!!


Há um ano, há precisamente um ano, eu estava em Elvas, com a minha mãe, agarrada ao telefone. O meu pai tinha sofrido um enfarte do miocárdio e tinha sido enviado de urgência para Setúbal. Foi o pior acordar da minha vida na pior semana da minha vida. Deus me livre de voltar a passar por esta aflição tão depressa. Por muito que nos preparemos, a possibilidade da perda de alguém tão importante é o pior dos sofrimentos.

Acho que nunca cheguei a agradecer a todos os que conheci na blogosfera o imenso apoio que me deram, via telefone, e-mail e sms. Obrigada a todos. O dia 17 de Julho vai ser sempre um dia que, tanto eu como os meus, teremos sempre gravado na memória, mas ainda bem que tudo acabou bem, aliás, continuou bem.
*Eu, o pápai e o emplastro que é o meu irmão. Ai, ai, tira-se a pessoa da lama, mas não a lama da pessoa!LOL (Atentai no autocarro, que ainda tem as cores de intigamente...sou uma pessoa de alguma idade já...)

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Amorrr é...(parte III)

No outro dia, estávamos nós a chegar a casa, começámos a falar não sei de quê, e vai daí eu comecei a defender um ponto de vista qualquer. Não sei, mesmo. E ele olha para mim, de olhos esbugalhados e diz-me: Calma! Mas porque é que tens de começar logo a discutir! Eu até estou de acordo contigo! És sempre assim, catano!

E eu prendi o burro até casa. Mas desde quando é que eu discuto pá? Diz lá, vá! Choninhas!

Também me acusa amiúde de ir buscar coisas antigas para me defender. Mentira. Acabámos o curso há seis anos, ora seis anos não se pode considerar antigamente.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Lembrei-me agora...

A minha avó detestava aturar Testemunhas de Jeová. Para se ver livre delas fingia-se a criada analfabeta lá de casa. Era de cagar a rir, vê-la a fazer a cara da desgraçadinha simples da cabeça, enquanto dizia: Pois, mas a senhora não está cá. Eu dessas coisas não sei nada..
Nas férias então, ali ficava eu a espreitar pelos buraquinhos da persiana da sala, enquanto ela lá ia de avental ao portão, no meio da cãozoada toda a ladrar esbaforida, depois de as despachar vinha todo o caminho até à entrada a rir-se. Era levada da breca.

Tá tudo bêbado, é o que é

Estive hoje à conversa com um amigo de infãncia que vive há já alguns anos em Madrid. Sendo ele jornalista, aproveitei para perguntar o que achava da febre que para lá vai com o Real Madrid e o Cristiano Ronaldo. Ele informou-me que o Santiago Bernabéu estava cheio, de facto, mas que o grosso daquela multidão era composta por miúdos e miúdas, e que surgem muitas críticas ao assunto e à pessoa em questão. Eu bem que desconfiava. Os espanhóis que nos têm uma azia do catano, vão agora adorar-nos por causa de um jogador de futebol? Deve ser, deve...
E poupem-me a conversa do tens é inveja, porque se ele julga que está bronzeado, ele que me veja depois de uma manhã a lagartar. E não deito perdigotos. E os meus dentes cabem -me todos na boca. E sou bem capaz de chegar ao fim da minha vidinha sem apanhar sífilis. Não gosto dele, pronto. Quer ser o melhor? Good for him.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Madrid. Lê-se Madri. Não Madrideee. Porra!

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Alcáçova


Francamente, não sei quando é que me deu para ali. Odiava ir ao quadro. Lembro-me que assim que passávamos à Matemática, descia em mim uma vontade de chorar e uma pena de mim que decerto faria dó a quem me conseguisse ler os pensamentos. Odiava aquilo: estar ali, especada, sem saber como é que o João ia dividir os rebuçados pelos outros. Era um suplício e só pensava na imensa injustiça que era aquilo. Mas lá me aguentava, e a custo (ou à palmada...) lá indicava a conta num lado do quadro, e a seguir percorria o estrado até ao outro lado para resolver a maldita ideia do João em distribuir os rebuçados Devia ser pouco parvo, esse João.Comia-os em casa e fechava-se em copas! Mas gostava do som do giz no quadro, e do cheiro dos livros. Isso sim, disso lembro-me. Ela era enorme, e usava saias compridas. Cheirava (tresandava) ao típico perfume professoral e tinha caracóis. Ria-se só com a boca, a não ser que trouxesse o cão. Aí, já se sabia que não haveria matemática para ninguém: ela atirava a coleira do cão para o fundo da sala e era vê-lo a correr a ir buscá-la. E nós berrávamos, mais pela excitação do grito do que pela habilidade do cão. Era um poodle cinzento, maniento e a cheirar a talco. Disso também não me esqueço. Uma vez no intervalo aprendi um palavrão. Não sabia o que queria dizer mas sabia que servia para uma coisa má: sempre que o meu pai ralhasse bastava dizê-la para mim e sentir-me-ia vingada. Que bem me lembro de ter dito a asneira ao meu irmão e de ele ter ficado furioso e de me ter chantageado um Verão inteiro. Fartei-me de lhe ir buscar o roupão para se tapar a dormir a sesta só por causa daquela palavra estúpida. E as contínuas eram 2. Uma boa, a outra péssima. Esta última comia-me as batatas pala-pala que a minha avó me fazia. Tinha cara de cavalo e andava com os pés dez para as duas. Cheirava sempre a mercearia. A outra contínua era boa, e segurava-nos na mão enquanto a médica nos dava a vacina. Tinha uma filha deficiente a quem perguntávamos insistentemente as cores das riscas das blusas. Gostava dela, usava baton vermelho e o cabelo muito preto. E sabia o meu nome todo. E perguntava-me sempre pelo meu paizinho. Lembro-me que havia por lá uma professora de cabelo cinzento, à tigela, que falava com voz rouca mas esganiçada. Tinha um nariz enorme, mas era a mais meiga de todas. Todas tinham filhos (as 4), menos a minha. Quando me fui embora e passei para a outra escola, passava à porta da velha escola e nunca me apetecia entrar. Ouvia a voz forte e desafinada dEla e faltava-me a coragem. Ela, que nos tinha posto a dizer tabuadas alternadas, a conjugar verbos indizíveis e a saber a porcaria da numeração romana...Ela que me tinha ensinado a fazer o Q maiúsculo manuscrito...Ela que me fez ler a poesia do Outono quando eu queria era a Primavera...Ela tinha conseguido que só tivesse más recordações daquele sítio tão importante.

E mesmo assim fez-me perceber que ensinar é um mundo. Um mundo de coisas boas e más, mas que é recompensador. Sei que me tornei professora também por ela. Quanto mais não fosse por querer provar que também se aprende sem medo e com gosto.


*Eu, vestida de húngara. Devia ter 7 anos. Antes de sair de casa a minha mãe disse-me: Estás mascarada de menina da Hungria. Dizes que estás vestida de húngara. Chego à escola e digo que estou vestida de Hungria. Ai... Eu só queria ir de palhaço!

Isto, além de ultrajante, é triste


Recebi um mail que me deixou cheia de nervos. (Obrigada, querida Elvira, na mesma, mas isto deixou-me mesmo desalentada...)




Admito que perdi os professores, mas ganhei a opinião pública...(Maria de Lurdes Rodrigues, Junho de 2006)








Vocês (deputados do PS) estão a dar ouvidos a esses professorzecos. (Valter Lemos, Assembleia da República, Janeiro de 2008)








Caso haja grande número de professores a abandonar o ensino, sempre se poderiam recrutar novos no Brasil. (Jorge Pedreira, Auditório da Estalagem do Sado, Novembro de 2008)

Quando se dá uma bolacha a um rato, ele a seguir quer um copo de leite! (Jorge Pedreira, Auditório da Estalagem do Sado, Novembro de 2008)








[os professores são] arruaceiros, covardes, são como o esparguete-depois de esticados, partem-só são valentes quando estão em grupo! (Margarida Moreira-DREN, Viana do Castelo, Novembro de 2008)




quinta-feira, 2 de julho de 2009

Amorrrr é...(parte II)



Ele diz que os nossos gatos herdaram, claramente, as nossas personalidades. Eu até nem discordo, até que ele diz:


Estás a ver? O Lucas é um cavalheiro. Mesmo quando ela o mói até ele perder a paciência, ele dá o braço a torcer e vai ter com ela, como que a pedir para fazerem as pazes. Ela não, é casmurra, teimosa, chatarrona! Mas ele não, anda sempre a lavá-la...


Agora estou à espera do dia que ele me venha dar marradinhas e lambidelas no cachaço depois de o apanhar a jogar máfia às 2 da manhã...


(Será que é o Lucas que arruma a sala de noite? Será que também é freak das arrumações?)

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Amorrrr é... (parte 1 de ...deixem lá ver!)


...adormecerem às 7 da tarde, entre pernas e braços entrelaçados.

(E depois ele acorda-a e diz-lhe que ela lhe babou o braço todo. Sexy!)


Não vale a pena dourar a pílula. Isto das relações também tem destas coisas. Se quando tinha 15 anos me punha a pensar na necessidade de ter sempre a depilação impec para andar sempre no super-cute mode, agora, olho para os arbustos que crescem nas pernas e visto calças. Assim sendo, e porque isto já foi um espaço de reflexão( ou então pareceu-me, assim de repente, não sei), dou início a uma série de posts sobre este tema. E quando digo série, quero dizer que podem ser só dois, é conforme o que me passar pela mona. Isto anda fraquinho, fraquinho...nunca se sabe.