segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Dakota Fanning cresce e eu cheia de borbulhas

Pois hoje, meus caros leitores, foi dia de começar a construir a minha escadaria até à escoliose: andei 2 horas em cima de saltos sem nunca me sentar. Para tornar a tarefa ainda mais merecedora de mérito, andei num centro comercial a abarrotar e cujas dimensões excedem aquilo que eu consideraria aceitável. Deve ser da idade, porque eu bem que vi as adolescentes a guinchar de contentamento, mas também, convenhamos, aquelas botas cor de c@g@neir@ são todo-o-terreno! Bitches.

Bom, mas o dia correu bem, enfardei uma francesinha e comprei soutiens. Descobri que aos 29 anos ainda estou na puberdade. Boobs getting bigger and pimples all over my face. How cool is that?:(

Adiante, como estamos naquela altura festiva e solidária, e como temos de partilhar os bons sentimentos, eis que partilho convosco esta foto:

Ah pois é, bebés! A eterna miúda dos filmes CRESCEU. E está gira que se farta. Como o Macaulay Culkin mas sem a parte creepy do Michael Jackson. E o mal que isto me fez? A miúda é capaz até de já ter iniciado a vida sexual!EEEWWWWW!!!!

E pronto, era isto que eu queria partilhar convosco: a dor de corno. Passa o outro e não ao mesmo, vá.

domingo, 27 de dezembro de 2009

Desta é que vai

Uma das resoluções de novo ano que tenho todos os anos é vou usar saltos, raios e partam se não uso! Ando ali, a melgar que quero uns sapatos assim, umas botas assados, mas vai-se a ver e ando mesmo é de sapatilhas e bota-pantufa. Um desespero, mas sabe bem. Este ano (o que vem e este que ainda aqui anda) tenho ali dois pares de exemplares que vou usar, mesmo que ganhe uma escoliose do tamanho do Arkansas. Mesmo assim, leiam lá este post.

Passando o 2009 em revista (originalidade hã!)

Chego aqui vinda do blog da Karvela, onde, só para variar, me fartei de rir com a reflexão/relatório sobre o ano que finda. E depois pus-me a pensar (vem aí outro sismo, pessoas!) no meu próprio anito. Ora, primeiro que tudo, divido o ano em duas partes: a antes da-escola-onde-podes-muito-bem-vir-a-levar-porrada e o depois da-escola-onde-podes-muito-bem-vir-a-levar-porrada.
O antes deopmbvalp foi sossegado. Trabalhava numa escola onde os putos se deslocavam de zundapp, lavravam a terra, partiam lenha com os primos. Uma escola de putos de bom íntimo, como diria a minha avó se ainda cá estivesse, mas que, à semelhança dos putos desta onde me encontro, não têm como objectivo o MIT. Diria que foram uns meses estranhos mas bons, pronto. À excepção do frio e da neve e da falta de aquecedores. E a comida da cantina era intragável e não havia um restaurantezinho sequer, o que me obrigava a ir a uma tasca onde me tratavam com salamaleques, enquanto esfregavam a gordura da mesa para não ficar lá agarrada.
Ora esta escola é diferente. Para melhor ou para pior não sei. Digamos que são mais difíceis mas sinto que a coisa chegará a bom porto, para mim e para eles. É tirar-lhes as navalhas.
Depois temos os colegas. Na outra escola tinha colegas descontraídos, mais velhos e, na maioria, bem-dispostos. Nesta escola tenho colegas novos e velhos, descontraídos e stressados, bem e mal-dispostos. Mas gosto mais desta escola. Apesar de ser das mais novas e de aquelas colegas mais velhas terem o filho da put@ do rei na barriga, o pessoal que entrou comigo é fixe. Tirando meia dúzia de cromos.
Assim sendo, e completando aqui esta reflexão, estou feliz. Estou ainda mais longe do meu alentejo, do meu sobrinho mais lindo, dos meus pais e da minha terra, mas estou ao pé do meu irmão, tenho uma lareira e um gajo que adora bricolage. É verdade que nos divorciamos assim que ele pega no berbequim, mas tenho aqui uma sala que sim senhores.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009


E de maneiras que sobrevivemos ao primeiro período. Ah e tal, porque são muita maus e muita duros e coiso...Pfff...Custar a sério, custam as reuniões. Com adultos. Que são colegas. Somos tal e qual a gaiatagem: brigamos e amuamos e fazemos birras. A haver uma avaliação das atitudes e valores estava tudo desgraçado. Isto para dizer que amanhã é dia de rumar ao Alentejo, deixando para trás as pilhas de papéis, as cruzes, os relatórios, as propostas de níveis, as actas, as tutorias, os apoios e mais o raio que parta. É Natal a partir deeeee....AGORA!

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

o meo pesadelo

Ninguém me explicou que a meo é muito gira e tal, mas que quando uma pessoa não viu um filme merdoso porque se encontrava fora de casa, pode muito bem vir a ter de o gramar depois porque tem um ser alienígena cá em casa. Vamos lá ver, se o Quarteto Fantástico foi mau, em que medida é que o segundo pode melhorar o desastre?

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Paradoxos da vida escolar


Eu sei que normalmente não falo muito a sério. Eu sei que já ninguém tem pachorra para o raio da conversa das ondas de frio e que temos mais é de passar frio porque até é Dezembro, mas não consigo deixar de me revoltar ao ver os miúdos a congelar. Por muito rufias que sejam, o que é certo é que o frio que se faz sentir lá na escola é inominável. E como acontece nesta, acontece em muitas outras, para não dizer todas! Cada sala tem um pc do melhor que há (preso à secretária, claro), mas e um aquecedorzinho?
Hoje, por exemplo, lá desencantei um aquecedorzinho para uma das sala e eles lá iam, um a um, aquecer as mãos. Mas o raio do aquecedor deve ser o Santo Graal, porque tive de o proteger com a vida, ou alguém o levava!
É a tal pirâmide que se começa a construir do topo...

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

E é isto

Amanhã será sexta-feira. Acabo a semana com 28 e começo com 29. É uma grande porra? É, mas vou comer que nem uma texuga e afogo as mágoas em arroz doce, além disso vou estar com o T., o sobrinhomailindo, o que me ocasionará uma perda de calorias considerável e um nó no cérebro ao responder aos porquês do moço.
ps: Comprem o Tubo de Ensaio do Nogueira e do Quadros. Caso o queiram oferecer, comprem dois. É para lá de bom. Genial como o primeiro.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Almost 29, feeling 92...

- Vá, ó teacher, diga lá que idade é que tem!
- Quase 29. Contente?
- EISHH! A teacher só tem 29! A gente a achar que tinha tipo 30 e tal!

Ora, a criatura em questão estava a tentar engraxar-me para eu não ir telefonar ao Encarregado de Educação sobre uma coisinha que ela tinha feito no intervalo. Faltou-lhe só um nadinha de cérebro, como habitualmente. Resultou que nem ginjas!
(Esta mocita é a mesma que disse asneiras e que teve um fim-de-semana em grande.)

Aim...


Ora bom, amanhã tudo correrá bem. De certeza. Não haverá reunião de Departamento nem de Grupo Disciplinar. E se isso para vocês não faz sentido e se parece a um assunto sem importância de maior, digo-vos que estão enganados. Só de pensar que amanhã saio às 4 da tarde e que tenho até às 2 da manhã para adiantar trabalho, ui!, tenho aqui um orgasmo laboral! Podia aproveitar para descansar, enroscadinha no sofá? Podia. Mas eu não tenho aquilo a que se chama uma vida.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Última ida ao FimdeMundo. HELL YEAH!


Bom fim-de-semana.
Amanhã vou pintar a outra casa que me amolo, logo, estou cheia de amor para dar, mas eu gosto de vocês, 3 pessoas que cá vêm amiúde. Minto, 4, porque disse ontem a uma pessoa que isto existe e que era bom. Enganei-a bem, mas ganhei um visitante.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Um chapadão na boca!

18.30. Eis que se ouve o belíssimo toque de saída e aí vou eu, qual hipopótamo de nenúfar em nenúfar. Feliz da vida por dois motivos: tratava-se da última aula do dia e esperava-me um jantar de comemoração do nosso casório. Lalalala! Dirijo-me então para a saída - a almejada saída!- e ouço isto:
- Fod@-se ó Andreia! Tem cuidado, ya? (ou ja, ou iá ou lá o cataninho!)
- Que foi?
- Pisaste-me, ó c@r@lho!
TILT! Ora as duas aventesmas até que são minhas alunas. Azarinho o delas. Intervenho, de cabelos no ar, qual Songoku com a força-suprema.
- Olha lá, mas é preciso dizer tanta barbaridade junta?
Silêncio da mocita. Mudou de cor, murmurou uma espécie de desculpe e desandou. A outra- que se trata de um ser muiiiiito irritante - vira-se para mim e diz-me o seguinte:
- Ó stôra, mas aqui é a escola, não é a sala de aula! Não faz mal dizer asneiras!
Pronto, aqui a minha vontade de sair abandonou-me e fui invadida por uma vontade bem mais castiça: a vontade de lhe desfazer a cara à chapada. Mas não posso, o que acaba por nos aguçar a criatividade.
Amanhã, que até é dia de teste, a menina vai ter de escrever umas quantas vezes (depende do meu humor amanhã) esta frase:
-Eu acho que posso dizer asneiras no meio da escola, porque "o meio da escola" é uma coisa e a sala outra, obedecendo, portanto, a regras diferentes. Ora a minha professora não partilha dessa opinião, razão pela qual me encontro a escrever esta frase. Será que aprendo a não dizer asneiras? O futuro o dirá. A professora desconfia que sim.
E só depois vai sentir o cheiro ao teste. Ainda leva recado na caderneta, que é para ter um fim-de-semana em grande.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Gostava tanto de me tornar atinadinha


Não sei onde enfiei a chave do carro. Não a perdi, atenção. Simplesmente desconheço o local onde se encontra a grande parva. Vem agarrada a um porta-chaves com o Jack do Nightmare before Christmas vestido de Pai Natal de tamanho considerável. Vai aparecer, que eu sei que vai, ou não tenha eu rezado o responso de Santo António. ( Se conhecerem mais algum método infalível, é dizerem que eu faço tudo. Tudo!)

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

E a pachorra que é preciso? Vai lá vai...

sábado, 28 de novembro de 2009

Errrr....

De maneiras que já deixei aquela terrinha do inferno. É só voltar lá para limpar e tal no próximo sábado e adeus ó vai-te embora. Nota-se muito que detestei o FimdeMundo visceralmente? E que aqueles 4 anos foram um verdadeiro suplício?
Bom, bom é que já não tenho de andar para trás e para a frente e tenho uma casa cujo corredor me obrigará a mexer o nalguedo que é um mimo. A parte do andar, não a parte traseira do meu corpo escultural.
O Lucas resolveu desaparecer no outro dia, eu fui contra um gaiato (fui mesmo, não o untei) na escola e ando meio atrofiada do indicador direito e ele torceu o pé na entrada de um dos pavilhões. Novamente, um mimo.
Hoje andámos de mudanças. Ah, que bom que é fazer mudanças! É espectacular, eu adoro. Aquele gozo que dá chegar ao fim do dia com as costas feitas num 8 e a casa de pantanas, divididinha em caixas, sacos e montes vários...enfim, priceless! E o dedinho atrofiado? E o tornozelo torcido? Pfff! Isso é coisa de meninos.
Eu sei que vinha aqui dizer qualquer coisa engraçada e engenhosa, mas estou tão queimadinha que em esqueci. Fica para a próxima.

domingo, 22 de novembro de 2009

Aleluia

Para poder ter o período e ninguém saber quando. Borbulha manhosa, you're going DOWN! I say DOWN!

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

E agora não tenho sono!

Hoje saí da escola às 7. Deveria ter saído pelas 4, mas nãããão! Olha m'esta, a querer ter vida pessoal, a calona! Vivo em dois cenários de guerra, a 100km um do outro. Neste, onde me encontro, restam uns tarimbecos, um aquário e dois gatos que já acusam falta de mimos. Na outra tenho a minha vida em caixas. Tenho andado a planificar aulas nos intervalos, enquanto engulo sandes de atum sem alface. Eu aguento tudo, mas a ausência de alface desorienta-me!
Eram 7 da tarde e já com as aulas planificadas, actas actualizadas e rebéubéu, eis que ele sai da reunião e me diz:"Bora, porra!"
Bora nada. Bora o cataninho. Endrominou-me de tal maneira que passei 3 horas no ikea. TRÊS!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

dos piaçabas e das drogas

Primeiro que tudo, para que conste, eu detesto visceralmente bricolage no geral e coisas de electricidade em particular. Pra meu infortúnio, casei com um ser do planeta berbequim&serrote, pelo qual um dia em cheio é um dia cheio de serradura, lixas e colas e assim.
Para mim é um total aborrecimento andar pelos corredores do Aki ou do Mestre Maco, aliás, este homem é tão chato com estas coisas que até o ikea se torna um pequeno suplício. E porque me aborreço com tudo, e porque não me concentro no que andamos à procura ou porque começo a bocejar e a endoidecer e a fazer moonwalks. Isto cada um tem a sua cruz e a minha tem arame farpado à volta.
Adiante.
Nove da noite. Eu e ele. Aki. Demanda da tomada para a cozinha. UHHHHH!!!!! Que coisa interessante. NOT! Procuro então uma maneira indolor de passar ali aquele bocadinho (segundo ele) que equivale a uma hora na boa (segundo moi). Procuro então maçanetas com bonecos, candeeeiros, tapetes, coisas para a casa-de-banho, em suma, qualquer coisa que me salve do jugo das madeiras cortadas à medida assim como dos materiais de canalização. Lá fui, portanto, e eis que me deparo com uma situação deveras fabulosa: o corredor das suportes para papel higiénico, tampos e assim. Vai daí, dou d ecaras com um piaçaba em inox da marca Osaka. Acho piada ao nome, faço uma ou outra piadola parva, dado o avançado da hora, até que olho para a etiqueta: 40 euros. QUARENTA EUROS POR UMA PORRA DUM PINCEL QUE DESEMPENHA UMA FUNÇÃO DE MERD@!
E prontoosss, de maneiras que é isto. Agora vou mas é corrigir umas fichas.

domingo, 15 de novembro de 2009


Já só faltam 5 dias para o fim-de-semana, pessoal!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

E hoje a Rua Sésamo faz anos, ainda por cima

Dizem que no amor não há silêncios incómodos. Eu concordo, o problema é que falo pelos cotovelos e silêncio é coisa que não abunda, logo, não posso afiançar quanto à veracidade. O trabalho é muito, a pachorra é pouca, mas há sempre lugar para a conversa. Hoje, por exemplo, deu-se esta:
Eu- Sabes uma palavra que eu não gosto mesmo nada?
Eskisito- Hã?
Eu- (Ainda não acordou este..) Bisnaga. Soa mal, não soa? BIS-NA-GA!
Eskisito- Já te disse que és uma pessoa muito estranha?
Eu- BIS-NA-GA. Soa mesmo mal. Fernando, por exemplo, lembra-me manteiga, coisas moles, sei lá!
Eskisito-Muito, muito estranha.

BISNAGA! Bis-na-ga! Soa mal, não soa?

domingo, 8 de novembro de 2009

A crise nas notícias dá em reportagens bem manhosas

Acho que alguém deve avisar o pessoal do Guitar hero que podem ser os maiores a carregar nos botanitos, mas que uma guitarra não tem nada que ver com aquilo.
Now suck it up, bitches.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

O acróstico (psicologia invertida)

De maneiras que hoje fiz acrósticos. A turma fez a caracterização de cada colega, partindo do nome. Depois quiseram fazer o meu. ERRO.

Manhosa
Alegre
Raivosa
Inteligente
Amiga, às vezes.

Justificações deles:
Manhosa porque sou esperta. Alegre porque me rio. Raivosa porque me zango e grito. Inteligente porque sou professora (ai, se eles soubessem...) e Amiga, às vezes, porque me lembro de quem falta e mando ir tirar a febre.

E é isto.

Conclusão: acrósticos, jamais.



Para desopilar, eis que me lembro de fazer o mesmo mas com os do apoio, que me vêem sempre bem-disposta e calmíssima, não fossem eles 3.

Meiga
Alegre
R (Não me recordo desta...)
Inteligente
Alta

Se isto não é avaliação, não sei o que será. E fidedigna, porque eu sou alta à brava.

domingo, 1 de novembro de 2009

Follow the yellow brick road or something of the sort


Este fim de semana quase, quase que consegui descansar! É uma sensação espectacular.
Adicionalmente, o meu rico marido, que eu me farto de chatear e chamar sovina, ofereceu-me o Wizard of Oz. Não fosse a dor de pescoço, e era verem-me a saltitar pela yellow brick road.
Update da semana: o Halloween, aquela festividade tão lusitana, teve uma aceitação estrondosa entre os alunos da minha escola. É verdade que não ficou lá uma palavrinha que fosse relacionada com o vocabulário pretendido, mas a parte da festarola ao som de kizomba...ui...coisa bonita! Houve ali um bocadinho em que perdi uma gotinha ou outra, enquanto pedia que entrasse o BOP, antes de sermos feitos reféns pelos trancalhadanças do 9º.
(A abóbora que está no canto inferior direito tem escrito hallowoon, ou é da minha vista?)

domingo, 25 de outubro de 2009

Tás a ouvir, Cashier do Jumbo?

Isto sim é que é lei do menor esforço. É domingo e estamos a almoçar uma bodega pré-feita. NIIIIIIIICE!

sábado, 24 de outubro de 2009

Saí de casa às 9.30.
Apanhei dois comboios e um autocarro.
Cheguei à escola às 12.40.
Comecei as aulas às 13.30.
Saí às 18.30.
Cheguei à sala de professores, agarrei nos testes e nas fichas e enfiei tudo no cacifo, enquanto resmunguei um que se lixe, porra!
Cheguei a Santarém às 9.30.
Saí do Jumbo às 10.30, abastecemos a casa de tudo o que é comida pré-feita. Senhora da caixa atira-me um isto é que é a lei do menor esforço, como se eu lhe tivesse perguntado alguma coisinha. Respondo-lhe que se ela soubesse da minha vida estava mas é calada. Cabra. Tento embrulhar três carrinhos para o T. e chego à conclusão que sou mesmo naba. Gastei um horror de papel e ficaram uns embrulhos de merdinha.
Chego ao Mac. Arrefinfo-lhe uma porrada de cheeses e tudietudo.
Chego a casa, arrumamos as compras, damos kitbits ao Lucas e à Guida, regamos as flores, arrumamos o saco para a viagem...
Faço a limpeza à casa, assim como que a despachar.
Pagamos contas e vemos o ordenado a baixar consideravelmente.
São quase 2 da manhã, sinto o estômago a querer vir dar uma voltinha cá fora e sinto-me culpada por não ter trazido os testes para corrigir. DAMN!

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Obrigadinha, Teresa!


Mulherio, o Alfaiate Lisboeta veio aqui à chafarica! Não me fotografou (porque é um senhor ocupado e com boa vista) mas veio cá, e isso ninguém me tira.

E amanhã é sexta e diz que é dia de S.Receber. WEEEEEEE!!!!!!!!

Era a Cláudia Vieira ficar sem os dentes da frente para a minha felicidade ser perfeita, mas isto já se sabe que não se pode ter tudo.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

terça-feira, 20 de outubro de 2009

O Pretérito Imperfeito do Indicativo da meteorologia

O estupor do Ulisses. Cá ando eu às voltas com o Ulisses, esse grande maluco que se enfia dentro de um cavalo de pau. Ó Maria Alberta Menéres, o que eles têm feito à tua obra...Passo então a explicar:

Ora de maneiras que eu tenho uma turma de delinquentezinhos que até nem são maus gaiatos. São limitados, chamam-se Ednilsons e Suelis e Vandermilsons e não estudam a ponta dum corno, mas são bons moços e até à data têm acatado as minhas instruções. Na última aula, estavam eles embevecidos com a história do Ulisses, quando eu pergunto: Já agora, esta forma verbal (e vai de ler de forma a que chegassem lá)trovejaAAAAAAAAva, pertence a que tempo e a que modo?
Cri cri, cri, cri....
Eis que se levanta um braço, olhinhos brilhantes e táu!
- O tempo é a tempestade!


GE-NI-AL, se fosse piada.

domingo, 18 de outubro de 2009

Preciso mesmo de me mudar


Eu posso jurar que quando saio de casa o meu cabelo até vai esticado, e a minha make-up está lá no sítio certo (que é como quem diz, o eyeliner está mesmo no olho e não na bochecha) e a roupa até assenta como deve ser (na medida do possível, vá, que eu não acordo a Cindy Crawford!).

Mas quando chego à escola sinto que me arranjei sem ligar a luz e que se o Alfaiate Lisboeta me encontrasse tirava-me uma foto com o título:Mas que raio, ó mulher?

terça-feira, 13 de outubro de 2009

A dicotomia gripe-piolhos...

Eu sou uma pessoa rude, do campo. Detesto esta porra de andar de transportes públicos. Assim que comecei a meter-me em comboios e tal, só pensava na imeeensa probabilidade de vir a apanhar a gripe javardola. Aqueles ajuntamentos de gente deixavam-me logo em pé de guerra. Passou um mês e nada. Fora a bela constipação do início, nem um caso apareceu na minha escola, e isto considerando que numa escola da Amadora 8ali ao ladinho) a gripe tem sido um sucesso...
Passado o medo de vir a falecer, descubro hoje PIOLHOS na cabeça de uma aluna.
Antes a Gripe, senhores, antes a gripe!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Só me passa pela ideia a Bride a cortar membros...

Ele há momentos em que claramente cometo erros. Erros de, digamos, megalomania. Ando numa de abrir horizontes à gaiatagem, para ver se começam a pensar noutras coisas para além do típico enveredar pelo mundo da criminalidade, que é giro, mas que aleija.
Vai então de lhes mostrar um filme que saquei da net, com imagens do Titanic. Ficaram malucos, porque aquilo até mostrava as imagens do filme e depois do navio naufragado.
No meio daquilo, ouço o E.-um dia debruçar-me-ei sobre este assunto...-dizer Ó stôra, aposto que foi a tvi que filmou aquilo do barco a afundar-se. Os gajos vão a todas!
Desfiz-me a rir. Achei mesmo genial a saída do puto.
WROOOOONG! Ele estava mesmo a falar a sério.
Se calhar convinha falar-lhes naquele filme chamado Titanic...

domingo, 11 de outubro de 2009

It's the arts, stupid!

Como sabem, existe agora uma coisa nas escolas que se chama OTE, que consiste em não deixar a cachopagem usufruir daquela coisa espectacular que eram os furos. Assim sendo, sempre que aparecem estas letras no horário, rumamos a uma sala cheia de computadores topo de gama desligados, armários provenientes da era jurássica, recheados de jogos de tabuleiros e ...TVguias, Tv 7 dias e a Visão. Os computadores devem estar lá para os putos trabalharem sob a nossa supervisão (que é como quem diz, temos de estar atentos, não vão eles banhar algum), os joguinhos para eles se entreterem naqueles 45 minutos de ociosidade indesejada e as revistas devem ter servido para recortes, mas estavam lá e deu para ler.
Feita estúpida, em vez de ter arrebanhado a tv 7dias, peguei na Visão. Nada mais errado. Fui dar a uma entrevista da Paula Rego.
Ok, a senhora é espectacular, tem aquele ar de artista e assim, mas é chanfrada, não é?

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Ainda saio daqui a cantar a Yolanda...

No outro dia, levei umas músicas de Beatles para mostrar a uma das turmas. Deliraram e até andaram a cantarolar o Love me do até ao vómito. Eu fiquei feliz, porque nestas coisas é que se vê se conseguiremos chegar ou não.
Hoje trouxeram-me a banda sonora de uma coisa deles: High School Musical não sei quê. Amanhã aguarda-me kizomba.
HELP...

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Ossos do ofício

- Professora, a sinhóra também dá aula p'rá o 8º ?
- Não, não tenho 8ºs...Mas passa-se alguma coisa?
- Não é nada não...É que uma amiga me pérguntou si a minha professora era a mesma da dela, mas assim que eu falei qui á sinhóra era BAIXINHA era falou que num era não.

Estás tão chumbada, cachopa...

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Tenho mas é que me ir deitar

Na sequência do post de ontem, deixem-me discordar de mim própria. Para variar um bocadinho, vou-me pôr a inventar. É esta a expressão usada pelo meu rico cônjuge sempre que começo a congeminar. Ora se eu já congeminava com fartura, imaginem com horas de transportes para ocupar!
Isto tudo vai-me tirar anos de vida? Vai.
Vou perder a paciência e a vontade e arrepender-me, por querer fazer coisas a mais do que é suposto? CLARO!
Tenho um problema grande em aceitar derrotas? Um bocadinho, mas sem tentar...
A sorte é que tenho um blog e horas de transportes para me queixar e chamar nomes a toda a gente.
(Eu não gosto nada de escrever estes posts pequenos, mas não consigo escrever mais. O tempo é escasso...)

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

...

A minha escola é uma escola de rufias, de ciganos, de pretos, de pessoal de leste, enfim, um melting pot mas em mau. No primeiro dia, prometi a mim mesma que não cavalgaria os meus póneis de batalha do costume, principalmente por ter muito boa relação com a minha derme e me achar nova em demasia para quinar.
Nada mais errado. Aquilo não tem lá ido com paninhos quentes. Por algum motivo é escola TEIP...As directivas do Executivo são pouco claras e pecam por excesso: um aluno que se arma em esperto e chega à sala 10m antes do toque de saída tem de entrar na sala??? É por estas e por outras que isto está como está, e ai de quem seja mauzinho para a criatura!
Tenho alunos que não falam uma palavra em Português, que acabaram de chegar da Nigéria ou da Guiné, e, por enquanto, ainda não há nada a fazer com eles, porque quem tem anos de experiência (décadas e décadas e décadas...) não vai abdicar do seu horário bem encaixadinho das 8 e meia às 13 e 30, para dar apoio a estes desgraçados.
Esta classe cansa-me e eu desprezo-a cada dia mais. Na quarta tenho duas reuniões, uma delas para as 6 e meia, porque a coordenadora quer discutir as vírgulas do regulamento! E aulas?? E boas aulas?? E tempo?? Isto já foi um sonho, uma vocação, mas cada vez mais é um pesadelo recorrente.
(Já agora, algum de vós tem um carro usado em boas condições para me vender? A sério, anyone?)

domingo, 27 de setembro de 2009

I'm not a Lisbon person...

... porque me arrelia a falta de educação dos meninos trajados para com o resto da humanidade. Acabei a semana a chamar besta trajada a um estupor do Técnico.

sábado, 26 de setembro de 2009

Tanto alarido e depois vai-se a ver e ...humpf!

Acabei de ver uma reportagem na tvi (ai...) que informava todó Portugal do fabrico de uma vinhaça sem álcool. Pois sim, acho que é de valor. Mas, a sério, what's the point? Arranjem mas é um que não dê ressaca, e aí conversamos, tá bom? Chop-chop!

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Tarados do Mundo e arredores

Antes de sair de casa para apanhar o metro, o comboio e autocarro, deixem-me dizer-vos que alguém fez uma pesquisa por professorinhas XXX e veio cá ter. Que fino.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Ai...

Bom, a minha escola é nice. Vou-me arrepender e muito disto, que vou, mas agora estou inebriada com isto e que se lixe. Estou com uma constipação que me deixou inutilizada do lado direito da cabeça: ouvido, olho e narina. Uma coisa triste e sem dignidade nenhuma. Malvados transportes públicos! Se pode ser gripe A, pode. A primeira blogger com gripe A? Ora toma lá Pacheco Pereira. És Abrupto mas pouco.

sábado, 19 de setembro de 2009

AAARRRGHHHHH!!!!

Atentem no cabrão do cabelo branco que tenho ali. Raios me partam se não vou já pintar o cabelo esta semana! Tudo a correr bem e de repente , zás!, uma pessoa leva uma rasteira capilar do destino. Merda.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Lisboa...GULP!


E depois de um dia de um cansaço absoluto, posso dizer-vos que estamos os dois colocados, 4 dias depois do primeiro dia de aulas. Apetece-me pular de alegria, mas estou toda desgraçada.

Agora devia abrir outro blog e deixar este assim como está. Não sei, não consigo pensar.Vou só ali deitar-me e ver se decido...zzzzzzzzzzzZZZZZZZZZZZZZZZZZZZzzzzzzzzzzzzz...ronc....roooonc....rooonc.......


quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Uma gotinha ou outra...


Mais uma tarde destas e fino-me.

FINALMENTE, e após meia dúzia de depressões pequenininhas e vespertinas, eis que a Ministério me contacta.

Como uma escola só já não bastava, PUMBA!, levei logo com 3! E agora...


Eeny, meeny, miny, moe

Catch a baby by the toe

If it squeals let it go,

Eeny, meeny, miny, moe


Amanhã dar-vos-ei notícias. Dar-vos-ei...que bonito, pareço professora.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

...


Morreu o Jonhny Castle. Tanto gozei com os fãs do Michael Jackson que lá levei mais um "abre-olhos" divino.

Ainda no sábado passámos o serão a fazer uma colectânea do amorrr e esta era a número 7. Piroso? Quero cá saber, continuo a cantá-la a plenos pulmões, enquanto o semáforo fica verde e o senhor do lado abana a cabeça.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Os Erasmus

Lembrei-me agora dos Erasmus, esses fixes, mas mais fixes ainda eram os senhores que elaboravam os Planos de Estudo deles. És irlandês? Pois agora, por causa dos comichões, vais levar com uma semestral de Linguística Textual Portuguesa que é para abrires a pestana! Quero cá saber se não te faz falta para o teu curso de Economia Doméstica!

És finlandesa? Pois olha, vais levar com Expressão Dramática que é um mimo. Deixa-te de mariquices, vais aprender e muito com aquela senhora monocórdica às 8 da manhã.

Uma rambóia.

Ora não sei como é que é, mas em cada ano do curso levei com Erasmus. Gajas. Irritantes e pseudo-intelectuais. Soou-se até que a belga trancalhadanças tinha coiso e tal com o professor de Literatura Inglesa ou não sei quê. Mas quanto a isso, cada um sabe de si, o que me tirou do sério foi o tupperware de crepes que a colega da grandalhona trouxe para a aula de apresentação do país delas. Pfff....Bélgica, quero cá saber! E que crepes tão fininhos, credo! Aquilo quase que se desvanecia entre os dedos, antes de chegar à boca. E açúcar, hã? Essa novidade aqui deste lado do Mundo? Upa, upa! Uma merda, aqueles crepes. Os meus são-de longe!- melhores.

E depois eram muito inteligentes e até eprenderam coisinhas em Português. Um nojo.

Adiante, o pior nem era ter de as gramar nas aulas. Nada disso. O que era mesmo mau era levar com elas nos trabalhos de grupo. E pior mesmo era fazer trabalhos de grupo com uma finlandesa cheia de sininhos e gorros da Guatemala, na disciplina de Expressão Dramática. Um horror. A parva da professora começou para lá a dividir-nos e eu-não sei bem porquê!- lá fui escolhida como o par da sardenta sob o efeito de psicotrópicos.

Tema do trabalho: não havia. Tínhamos só de imaginar qualquer coisa, um fio-condutor, uma história qualquer e contar o que imaginávamos ao nosso parceiro. Uma coisa à pressão. Nada mais fácil, apesar de estúpido.

Lá a outra começa-me a imaginar que estava um duende dentro do buracoo da parede do ginásio e que havia um Mundo lá dentro. Devia dar-lhe forte e feio no absinto, devia. E eu a franzir o sobrolho, considerando que tinha de pegar onde ela acabasse. Francamente não sei o que inventei, mas a criatura deve ter achado que também me faltava um belo dum parafuso, pelo que, ao fim do semestre (em que se fartou de passear pelo Algarve...) me deu o e-mail e me ensinou a dizer mina rakastan sinua (amo-te). Ou jogava na outra equipa ou então não sei. Enfim, lá passei ao lado da relação lésbica inter-cultural.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

O google, esse porreiraço


Experiencia tem assento


Tem até um sofá!

Encontrei esta pérola no sitemeter, pois claro. Não me recordo é se no fim estava o inefável ponto de interrogação, porque, como toda a gente sabe, o google é uma bola de cristal.
Ontem também apanhei o belíssimo parabêns.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Na minha cama com ela

Temos de nos entreter ao serão...
Pega-se no photoshop e sai disto.

domingo, 6 de setembro de 2009

E este aqui é para entalar o meu rico marido muahahahahahahahah

Vá, vamos lá aí a assumir gostos pelos produtos nacionais. Não é que uma pessoa vá assumir que acha o Pacheco Pereira um pedaço, não é isso, até porque isto é para ser engraçado e não vergonhoso, não é? E é fácil dizer que se dava uma voltinha com um Clooney, mas já não é tão fácil dizer que se tem sonhos tórridos com um Fernando Mendes (eh lá...), portanto, vamos lá aí pôr uma selecção gourmet portuguesa! Esta é a minha:

Este senhor ...bem, não há palavras.
Ah e tal, porque a gente gosta é de homens divertidos...Pois, tá bem, mas que ele tem ali um cabedal que sim senhores, isso sim, também é verdade.
Deste até tive um poster, pregado na parte de dentro do roupeiro. Não é coisa que me deixe orgulhosa, mas pelo menos ainda não entrou nos Morangos. E o Major Alvega? Aquela produção muito ruim pseudo-modernaça?
Primeiro que tudo, dança bem. Homem que dança bem é ser em extinção. E então eu, que até danço o slogan do DEBORLA com moves de breakdance...Adiante, este menino tem tudo, até assim meio sopinha de massa. Tudo, pronto.
Este não precisa cá de justificações.
Ok, já se levantaram do chão? Eu cá gostava do senhor mesmo tendo aquela cabeleireira que não lembrava a ninguém, já naquele tempo! Mas dava sarrafada do melhor, e a gente quer é gajos que arrefinfam cotoveladas nas costelas dos outros. Sensíveis e inteligentes? Pois, pois...
É algo petiz, é, mas dá-lhe uns ares de Marlon Brando, não sei...E vai fazer um filme com o Al Pacino...Este escapa.
Tem uma mania naquele cu, que até mete nervos. Veste-se de astronauta e canta o Rocket man, já para não falar na gambiarra...Mas há ali algo, mesmo com óculos de massa.
Este nem sei explicar...Principalmente depois de o ter visto vestido de Floribella, mas vá
...

Este aqui é o derradeiro, porque até adivinho que anda por aí muita portuguesa que se pela por ele também. É daqueles que eu acho que se fosse amaricano se safava que era um disparate. É um Clooney à portuguesa. Sem porco.

sábado, 5 de setembro de 2009



Assim de repente, de cada vez que começam a falar da beiçuda da Manéla, vem-me logo à ideia que a liberdade de expressão foi-se e que o Sócrates devia levar uma murraça. Depois acalmo-me, retiro o vinil do Zeca, e rio-me porque já não havia pachorra para aquela mulher.


E o pedido de desculpas do senhor aos professores pela falta de delicadeza? Foi tão fofo e tresandou tanto a BULLSHIT!


É assim a vida, é assim Portugal. Ele é Ronaldo, ele é Freeports, ele é Dias Loureiro, ele é Manéla a ser afastadinha da sua cadeirinha de pivot...Ainda eu dizia que queria emigrar! Quem me tira estas polémicas de abertura de telejornais tira-me tudo. Se eu fosse para um país desenvolvido não poderia ter um blog. Olha se eu fosse para a Dinamarca...aqueles gajos não sabem sequer ser malvados futebolísticamente. Ah e tal, se apanhármozzz o cabrón do Ronáldezzz dámozzz-lhe tántá pórráda que desfazémos o estupóoorrrr. Pfff...o que é isto ao pé de uma actuação dos Super-Dragões? Nada. Uma coisa de meninos.


Ontem, por exemplo, li num cartaz do Moita Flores que dizia: As nossas crianças já não passam frio!


Digam-me lá se isto era possível na Dinamarca? Pois tá claro que não. Valha-nos esta liberdade trintona que temos. Essa gente que não viveu em ditadura não sabe o que perdeu.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Antes que isto dê em divórcio litigioso...

Então, vocês 3 que ainda por aqui passam, como vai a vidinha? Bem? Isso é que se quer. Pois bem, primeiro que tudo, urge que se estabeleça aqui um momento de seriedade para convosco, porque eu não vos quero tristes. O problema que se interpôs entre mim e vocês é o facebook. Raio que parta aquela traquitana que me deixa postar de forma rápida e eficaz! Ainda por cima, lá (lá no éter, vá) encontrei alguns bloggers que estimo e aí foi a desgraça total. Vai de mandar bitatites à barda no Facebook. E depois ele há quizzes e coisas engraçadas em que o pesoal tenta ganhar aos outros. E o Farmville e o Yoville e o aquário virtual! EU SEI QUE TENHO ALI UM AQUÁRIO, TÁ BEM??? Mas este é fofinho e...errr...e limpa-se sem grande estavarneio (a.k.a. javardice).
Portanto, raios me partam se não me liberto do jugo daquelas aplicações e se não volto a ser aquela blogger que vós tanto apreciais!
Só assim em jeito de make up sex, deixem-me postar aqui uma coisa, para verem que sou uma pessoa séria e que cumpre.

Estive doentita hoje. Comi sopinha, tomei cêgripes e enfardei nutella.
Hã?? Quem é que disse que eu que não voltava ao que era? Quem foi? Sempre a achincalhar...

terça-feira, 1 de setembro de 2009

...


Que é como quem diz, obrigada por fazeres o meu irmão feliz. Feliz aniversário.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Um desconto, vá, que isto já me passa

Eu sou pessimista e quanto a isso, não há nada a fazer. Aliás, há, mas envolve regressões e não sei quê. Vai daí, a vida começou a correr bem e quase, quase que me tornei optimista. Nada mais errado haveria a fazer. Se dantes imperava o suck it up, woman!, agora impera o mas tás armada em menina???
Não sei que porra de ideia foi esta, de enveredar por esta profissão, mas eu merecia mesmo era um par de chapadas. Eu nem suporto adolescentes! Queria era ensinar, fazer a diferença, sei lá. Ninguém em explicou que isto se tornaria tão difícil com o tempo e que nos contentaríamos com pouco. Estou farta, e o pior é que nem me imagino noutra profissão. Raios me partam hã!
Bem que o meu pai me dizia que eu tinha estofo para engenheira agrónoma. Que não tinha, mas poupava-me esta neura.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Queria ver os homens nestes assados...


O grande segredo de todas as mulheres a respeito da casa de banho é que, quando eras pequenina, a tua mamã levava-te à casa de banho, ensinava-te a limpar o tampo da sanita com papel higiénico e depois punha tiras de papel cuidadosamente no perímetro da sanita. Finalmente instruía-te: "nunca, nunca te sentes numa casa de banho pública!" E depois ensinava-te a "posição", que consiste em balançar-te sobre a sanita numa posição de sentar-se sem que o teu corpo tenha contacto com o tampo.

"A Posição" é uma das primeiras lições de vida de uma menina, importante e necessária, que nos acompanha para o resto da vida. Mas ainda hoje, nos nossos anos de maioridade, "a posição" é dolorosamente difícil de manter, sobretudo quando a tua bexiga está quase a rebentar.

Quando TENS de ir a uma casa de banho pública, encontras uma fila enorme de mulheres que até parece que o Brad Pitt está lá dentro. Por isso, resignas-te a esperar, sorrindo amavelmente para as outras mulheres que também cruzam as pernas e os braços, discretamente, na posição oficial de "tou aqui tou-me a mijar!". Finalmente é a tua vez! E chega a típica "mãe com a menina que não aguenta mais" (a minha filhota já não aguenta mais, desculpe, vou passar à frente, que pena!). Então verificas por baixo de cada cubículo para ver se não há pernas. Estão todos ocupados. Finalmente, abre-se um e lanças-te lá para dentro, quase derrubando a pessoa que ainda está a sair. Entras e vês que a fechadura está estragada (está sempre!) não importa. Penduras a mala no gancho que há na porta... QUAAAAAL? Nunca há gancho!! Inspeccionas a zona, o chão está cheio de líquidos indefinidos e fétidos, e não te atreves a pousá-la lá, por isso penduras a mala no pescoço enquanto vês como balança debaixo de ti, sem contar que a alça te desarticula o pescoço, porque a mala está cheia de coisinhas que foste metendo lá para dentro, durante 5 meses seguidos, e a maioria das quais não usas, mas que tens no caso de...

Mas, voltando à porta... como não tinha fechadura, a única opção é segurá-la com uma mão, enquanto com a outra baixas as calças num instante e pões-te "na posição". AAAAHHHHHH! finalmente, que alívio! mas é aí que as tuas coxas começam a tremer... porque nisto tudo já estás suspensa no ar há dois minutos, com as pernas flexionadas, as cuecas a cortarem-te a circulação das coxas, um braço estendido a fazer força na porta e uma mala de 5 quilos a cortar-te o pescoço!

Gostarias de te sentar, mas não tiveste tempo para limpar a sanita nem a tapaste com papel; interiormente achas que não iria acontecer nada, mas a voz da tua mãe faz eco na tua cabeça "nunca te sentes numa sanita pública" e então ficas na "posição de aguiazinha", com as pernas a tremer e por uma falha no cálculo de distâncias, um finííííssimo fio do jacto salpica-te e molha-te até às meias!! Com sorte não molhas os sapatos, é que adoptar "a posição" requer uma grande concentração e perícia. Para distanciar a tua mente dessa desgraça, procuras o rolo de papel higiénico, maaaaaaaaaaas não hááááá!!! O suporte está vazio! Então rezas aos céus para que, entre os 5 quilos de bugigangas que tens na mala, pendurada ao pescoço, haja um miserável lenço de papel!! Mas para procurar na tua mala tens de soltar a porta???? Duvidas um momento, mas não tens outro remédio. E quando soltas a porta, alguém a empurra, dá-te uma trolitada na cabeça que te deixa meio desorientada mas rapidamente tens de travá-la com um movimento rápido e brusco enquanto gritas OCUPAAAAAADOOOOOOOOO!!E assim toda a gente que está à espera ouve a tua mensagem e já podes soltar a porta sem medo, ninguém vai tentar abri-la de novo (nisso as mulheres têm muito respeito umas pelas outras). Encontras o lenço de papel!! Está todo enrugado, tipo um rolinho, mas não importa, fazes tudo para esticá-lo; finalmente consegues e limpas-te. Mas o lenço está tão velho e usado que já não absorve e molhas a mão toda; ou seja, valeu-te de muito o esforço de desenrugar o maldito lenço só com uma mão. Ouves algures a voz de outra velha nas mesmas circunstâncias que tu "alguém tem um pedacinho de papel a mais?" Parva! Idiota! Sem contar com o galo da marrada da porta, o linchamento da alça da mala, o suor que te corre pela testa, a mão a escorrer, a lembrança da tua mãe que estaria envergonhadíssima se te visse assim... porque ela nunca tocou numa sanita pública, porque, francamente, tu não sabes que doenças podes apanhar ali, que até podes ficar grávida (lembram-se??). Estás exausta! Quando páras já não sentes as pernas, arranjas-te rapidíssimo e puxas o autoclismo a fazer malabarismos com um pé, muito importante! Depois lá vais pró lavatório. Está tudo cheio de agua (ou xixi? lembras-te do lenço de papel?), então não podes soltar a mala nem durante um segundo, pendura-la no teu ombro; não sabes como é que funciona a torneira com os sensores automáticos, então tocas até te sair um jactozito de água fresca, e consegues sabão, lavas-te numa posição do corcunda de Notre Dame para a mala não resvalar e ficar debaixo da água. Nem sequer usas o secador, é uma porcaria inútil, pelo que no fim secas as mãos nas tuas calças porque não vais gastar um lenço de papel para isso e sais Nesse momento vês o teu namorado, ou marido, que entrou e saiu da casa de banho dos homens e ainda teve tempo para ler um livro de Jorge Luís Borges enquanto te esperava. "Mas por que é que demoraste tanto?" - pergunta-te o idiota. "Havia uma fila enorme" - limitas-te a dizer. E é esta a razão pela qual as mulheres vão em grupo à casa de banho, por solidariedade: uma segura-te na mala e no casaco, a outra na porta e a outra passa-te o lenço de papel debaixo da porta, e assim é muito mais fácil e rápido, pois só tens de te concentrar em manter "a posição" e a dignidade.

Obrigada a todas por me terem acompanhado alguma vez à casa de banho e servir de cabide ou de agarra-portas! Passa isto aos desgraçados dos homens que sempre perguntam "querida, por que motivo demoraste tanto tempo na casa de banho?" IDIOTAS!


recebido por mail

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Festas de Coruche 2009


Cliente - Então era uma bifana, ó faz favor...
Marizé - Aqui tem. São 2.5 €.
Cliente - 2.5€? Então, mas ontem eram a dois...
Marizé - Pois sabe, é que se acabou o pão.
Cliente - Ah, então nesse caso...

Não havia necessidade de argumentação perante um motivo tão válido como aquele. Além disso, a Marizé era uma simpatia (NOT!) e merecia a nossa compreensão. Afinal de contas ainda só tinhamos lá deixado 545€.


O metro. Esse culpado por aquelas manhãs tão terríveis.


Acreditem ou não, o manequim pequenico não é vocalista dos Europe, é mesmo o Jesus.


De maneiras que é isto...



A seguir a tirar esta foto, a senhora minha sogra ligou e rumámos a casa. Claro que com a minha sorte, largaram um toiro a seguir e três gajas foram pelos ares. Registo fotográfico: 0. Sogra: 1.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Já cá estamos outra vez




Já vos falei anteriormente na minha perda de dignidade quanto estou na presença do meu sobrinho? Pois é, esta semana não foi excepção. Não sei que raio de mistura de ADN ali se deu, mas estamos perante um hiperactivo mental. Tem 2 anos e 9 meses e pergunta TUDO. A toda a hora e sem parar, a não ser quando está a dormir. É um misto de espectacular e desesperante. enquanto lhe dava banho, bem que procurei o botão do Off, mas não achei. Queria contar-vos todas as maluquices, gracinhas emiminho que ele fez, mas-desculpem lá, prefiro guardar tudo na memória.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

FAIL




O coiso no toutiço é para desviar a atenção da penca?

FAIL!

O meu rico marido nunca mais vai voltar a ser o mesmo. Perdeu um pouco do seu mojo quando virei o portátil para ele. Aquele olhar esgazeado, tadinho...

domingo, 26 de julho de 2009

Report do casório da X. e do S.

E de maneiras que mais dois se casaram. Bonito, bonito foi a entrada da noiva ao som de Jeff Buckley, isso e não haver fotógrafo: foi um descanso, porque não há casamento onde eu vá que não prometa porrada ao fotógrafo. Ora uma pessoa não vai para nova, e estas coisas começam a pesar. Por falar em pesar, lembro-me de ter saído muito jeitosa de casa, mas o reflexo que vi no espelho do WC da casa da sogra não era bem o mesmo. Quem é que se lembrou de pôr o coro da catequese a cantar durante a cerimónia? Essa pessoa precisa de um bom pontapé nas canelas.
Tivemos a velhinha cusca a perguntar à S. os pormenores do casório: quem são, quantos são, quais as inclinações políticas, se separam o lixo, enfim, o básico das velhinhas beatas. O E. apareceu de blazer azul com botões dourados, não fosse o corsa com betume no guarda-lama e a havaiana da desinated diver e alguém poderia ficar induzido em erro quanto à nossa proveniência social. O sobrinho mainovo da noiva enamorou-se pelo cão da velhinha beata (que se alapou ao lado da S. no adro da igreja) e nos momentos de maior ternura quase, quase que lhe arrancou um olhinho, enquanto gritava TÁ TÁ. Tudo o que é pequenino tem graça, lá disse a velhota. Fosse ela o cão e talvez não achasse assim tanta graça. Descobrimos também que colocar uma barraquinha da super bock no adro da igreja é um bom nicho de mercado. O pessoal estava já muito mal, e a única coisa que se vendia as redondezas eram velas. Ora as velas não tiram a a sede pois não? Pronto, lá está.
Tive também a confirmação que alguém que lida com coisas como créditos aos clientes e plafonds e não sei quê, acha que carregar no botão do menu da máquina (do kodak!) é que é, e que o botão cá de cima não serve para nada, só estorva, na altura de eternizar o momento. Fuji 1- E. 0.
Depois seguiu-se a parte do comer e da vuída. E eis que se abate sobre a Quinta de S. André um nevoeiro mental que me permite apenas informar que:
- A S. estava possuída por um qualquer ser demoníaco. Tenho as tuas gadanhas enfiadas no cotovelo, minha cabra! Eram 6 da manhã e ela queria ir para as festas da Erra. Belo designated driver, sim senhora! E perdeu os óculos. É a idade! (eu só perdi o brinco, e era pechisbeque)
- O E. fartou-se de dançar e até conseguiu pedir uma magnífica música do Marante para dançar comigo. É de óme.
- O meu rico marido fez duas valentes bolhas no pé esquerdo de tanto dançar. Repito: de tanto dançar.
Felicidades ao casal e fico à espera de saber se o que aí vem é um canutinho ou uma canutinha. Beija a noiva!

sexta-feira, 24 de julho de 2009

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Oooooh happy day! OHHH HAPPY DAY!!!!


Há um ano, há precisamente um ano, eu estava em Elvas, com a minha mãe, agarrada ao telefone. O meu pai tinha sofrido um enfarte do miocárdio e tinha sido enviado de urgência para Setúbal. Foi o pior acordar da minha vida na pior semana da minha vida. Deus me livre de voltar a passar por esta aflição tão depressa. Por muito que nos preparemos, a possibilidade da perda de alguém tão importante é o pior dos sofrimentos.

Acho que nunca cheguei a agradecer a todos os que conheci na blogosfera o imenso apoio que me deram, via telefone, e-mail e sms. Obrigada a todos. O dia 17 de Julho vai ser sempre um dia que, tanto eu como os meus, teremos sempre gravado na memória, mas ainda bem que tudo acabou bem, aliás, continuou bem.
*Eu, o pápai e o emplastro que é o meu irmão. Ai, ai, tira-se a pessoa da lama, mas não a lama da pessoa!LOL (Atentai no autocarro, que ainda tem as cores de intigamente...sou uma pessoa de alguma idade já...)

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Amorrr é...(parte III)

No outro dia, estávamos nós a chegar a casa, começámos a falar não sei de quê, e vai daí eu comecei a defender um ponto de vista qualquer. Não sei, mesmo. E ele olha para mim, de olhos esbugalhados e diz-me: Calma! Mas porque é que tens de começar logo a discutir! Eu até estou de acordo contigo! És sempre assim, catano!

E eu prendi o burro até casa. Mas desde quando é que eu discuto pá? Diz lá, vá! Choninhas!

Também me acusa amiúde de ir buscar coisas antigas para me defender. Mentira. Acabámos o curso há seis anos, ora seis anos não se pode considerar antigamente.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Lembrei-me agora...

A minha avó detestava aturar Testemunhas de Jeová. Para se ver livre delas fingia-se a criada analfabeta lá de casa. Era de cagar a rir, vê-la a fazer a cara da desgraçadinha simples da cabeça, enquanto dizia: Pois, mas a senhora não está cá. Eu dessas coisas não sei nada..
Nas férias então, ali ficava eu a espreitar pelos buraquinhos da persiana da sala, enquanto ela lá ia de avental ao portão, no meio da cãozoada toda a ladrar esbaforida, depois de as despachar vinha todo o caminho até à entrada a rir-se. Era levada da breca.

Tá tudo bêbado, é o que é

Estive hoje à conversa com um amigo de infãncia que vive há já alguns anos em Madrid. Sendo ele jornalista, aproveitei para perguntar o que achava da febre que para lá vai com o Real Madrid e o Cristiano Ronaldo. Ele informou-me que o Santiago Bernabéu estava cheio, de facto, mas que o grosso daquela multidão era composta por miúdos e miúdas, e que surgem muitas críticas ao assunto e à pessoa em questão. Eu bem que desconfiava. Os espanhóis que nos têm uma azia do catano, vão agora adorar-nos por causa de um jogador de futebol? Deve ser, deve...
E poupem-me a conversa do tens é inveja, porque se ele julga que está bronzeado, ele que me veja depois de uma manhã a lagartar. E não deito perdigotos. E os meus dentes cabem -me todos na boca. E sou bem capaz de chegar ao fim da minha vidinha sem apanhar sífilis. Não gosto dele, pronto. Quer ser o melhor? Good for him.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Madrid. Lê-se Madri. Não Madrideee. Porra!

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Alcáçova


Francamente, não sei quando é que me deu para ali. Odiava ir ao quadro. Lembro-me que assim que passávamos à Matemática, descia em mim uma vontade de chorar e uma pena de mim que decerto faria dó a quem me conseguisse ler os pensamentos. Odiava aquilo: estar ali, especada, sem saber como é que o João ia dividir os rebuçados pelos outros. Era um suplício e só pensava na imensa injustiça que era aquilo. Mas lá me aguentava, e a custo (ou à palmada...) lá indicava a conta num lado do quadro, e a seguir percorria o estrado até ao outro lado para resolver a maldita ideia do João em distribuir os rebuçados Devia ser pouco parvo, esse João.Comia-os em casa e fechava-se em copas! Mas gostava do som do giz no quadro, e do cheiro dos livros. Isso sim, disso lembro-me. Ela era enorme, e usava saias compridas. Cheirava (tresandava) ao típico perfume professoral e tinha caracóis. Ria-se só com a boca, a não ser que trouxesse o cão. Aí, já se sabia que não haveria matemática para ninguém: ela atirava a coleira do cão para o fundo da sala e era vê-lo a correr a ir buscá-la. E nós berrávamos, mais pela excitação do grito do que pela habilidade do cão. Era um poodle cinzento, maniento e a cheirar a talco. Disso também não me esqueço. Uma vez no intervalo aprendi um palavrão. Não sabia o que queria dizer mas sabia que servia para uma coisa má: sempre que o meu pai ralhasse bastava dizê-la para mim e sentir-me-ia vingada. Que bem me lembro de ter dito a asneira ao meu irmão e de ele ter ficado furioso e de me ter chantageado um Verão inteiro. Fartei-me de lhe ir buscar o roupão para se tapar a dormir a sesta só por causa daquela palavra estúpida. E as contínuas eram 2. Uma boa, a outra péssima. Esta última comia-me as batatas pala-pala que a minha avó me fazia. Tinha cara de cavalo e andava com os pés dez para as duas. Cheirava sempre a mercearia. A outra contínua era boa, e segurava-nos na mão enquanto a médica nos dava a vacina. Tinha uma filha deficiente a quem perguntávamos insistentemente as cores das riscas das blusas. Gostava dela, usava baton vermelho e o cabelo muito preto. E sabia o meu nome todo. E perguntava-me sempre pelo meu paizinho. Lembro-me que havia por lá uma professora de cabelo cinzento, à tigela, que falava com voz rouca mas esganiçada. Tinha um nariz enorme, mas era a mais meiga de todas. Todas tinham filhos (as 4), menos a minha. Quando me fui embora e passei para a outra escola, passava à porta da velha escola e nunca me apetecia entrar. Ouvia a voz forte e desafinada dEla e faltava-me a coragem. Ela, que nos tinha posto a dizer tabuadas alternadas, a conjugar verbos indizíveis e a saber a porcaria da numeração romana...Ela que me tinha ensinado a fazer o Q maiúsculo manuscrito...Ela que me fez ler a poesia do Outono quando eu queria era a Primavera...Ela tinha conseguido que só tivesse más recordações daquele sítio tão importante.

E mesmo assim fez-me perceber que ensinar é um mundo. Um mundo de coisas boas e más, mas que é recompensador. Sei que me tornei professora também por ela. Quanto mais não fosse por querer provar que também se aprende sem medo e com gosto.


*Eu, vestida de húngara. Devia ter 7 anos. Antes de sair de casa a minha mãe disse-me: Estás mascarada de menina da Hungria. Dizes que estás vestida de húngara. Chego à escola e digo que estou vestida de Hungria. Ai... Eu só queria ir de palhaço!

Isto, além de ultrajante, é triste


Recebi um mail que me deixou cheia de nervos. (Obrigada, querida Elvira, na mesma, mas isto deixou-me mesmo desalentada...)




Admito que perdi os professores, mas ganhei a opinião pública...(Maria de Lurdes Rodrigues, Junho de 2006)








Vocês (deputados do PS) estão a dar ouvidos a esses professorzecos. (Valter Lemos, Assembleia da República, Janeiro de 2008)








Caso haja grande número de professores a abandonar o ensino, sempre se poderiam recrutar novos no Brasil. (Jorge Pedreira, Auditório da Estalagem do Sado, Novembro de 2008)

Quando se dá uma bolacha a um rato, ele a seguir quer um copo de leite! (Jorge Pedreira, Auditório da Estalagem do Sado, Novembro de 2008)








[os professores são] arruaceiros, covardes, são como o esparguete-depois de esticados, partem-só são valentes quando estão em grupo! (Margarida Moreira-DREN, Viana do Castelo, Novembro de 2008)




quinta-feira, 2 de julho de 2009

Amorrrr é...(parte II)



Ele diz que os nossos gatos herdaram, claramente, as nossas personalidades. Eu até nem discordo, até que ele diz:


Estás a ver? O Lucas é um cavalheiro. Mesmo quando ela o mói até ele perder a paciência, ele dá o braço a torcer e vai ter com ela, como que a pedir para fazerem as pazes. Ela não, é casmurra, teimosa, chatarrona! Mas ele não, anda sempre a lavá-la...


Agora estou à espera do dia que ele me venha dar marradinhas e lambidelas no cachaço depois de o apanhar a jogar máfia às 2 da manhã...


(Será que é o Lucas que arruma a sala de noite? Será que também é freak das arrumações?)