quarta-feira, 8 de julho de 2009

Lembrei-me agora...

A minha avó detestava aturar Testemunhas de Jeová. Para se ver livre delas fingia-se a criada analfabeta lá de casa. Era de cagar a rir, vê-la a fazer a cara da desgraçadinha simples da cabeça, enquanto dizia: Pois, mas a senhora não está cá. Eu dessas coisas não sei nada..
Nas férias então, ali ficava eu a espreitar pelos buraquinhos da persiana da sala, enquanto ela lá ia de avental ao portão, no meio da cãozoada toda a ladrar esbaforida, depois de as despachar vinha todo o caminho até à entrada a rir-se. Era levada da breca.

14 comentários:

Rita disse...

Pois eu simplesmente não abro a porta e elas têm o desplante de me meter papelinhos por debaixo da porta, outro dia vinham a descer e estava eu a expulsar o papelinho para o lado de fora e elas viram, foram o caminho todo a resmungar...
Jokas

Teresa disse...

Fabulosa, a história da tua avó. E, ainda por cima, ao encontro de uma conversa que eu e o Vítor (o meu) tivemos à hora do almoço e em que nos fartámos de rir porque nos lembrámos de um velho cartoon do Quino. Logo à noite, se der para o digitalizar, ponho na Gota e percebes... :)

A história da Rita a empurrar sub-repticiamente o papelucho para fora também me fez dar uma bela gargalhada... É uma imagem muito cómica.

Beijinho.

Pedro disse...

História fabulosa!

Elvira Carvalho disse...

Fiquei a gostar da sua avó.
Um abraço

Zeca disse...

Agora entendo muita coisa...

Maria do Consultório disse...

Zeca:
Eu a ti só te digo que não provas a tarte.

cexy disse...

Epá, que granda senhora. Eu não tenho coragem para essas coisas. Oiço um pedacinho e depois digo que tenho que ir fazer não sei quê. O mais radical que fiz foi dizer que era budista. Iam tendo um avc, coitadas.
besito

Urban Cat disse...

Consigo imaginar...LOL

Beijos e bom fim-de-semana.

Cruxe disse...

A minha mulher tinha um colega de trabalho que tinha cara de cientista maluco, era licenciado em filosofia e trabalhava num laboratório de uma industria química.
Isto para explicar que o gajo era maluquinho de todo. Uma vizinha dele contou-lhe que um dia umas testemunhas do jeová bateram-lhe à porta e imaginem a cena:
Ele vem à porta a segurar um gato branco enorme (porque é castrado) que ele tem. As senhoras com a ladaínha do costume.
Ele- ainda bem que alguém me chega para falar do altíssimo...estou completamente passado, ando a ensinar o meu gato a escrever e a ler, cheguei agora do trabalho e não imaginam o que aconteceu. Fui verificar os deveres dele e a conta de dividir está errada, a multiplicar faltam-lhe as virgulas e a cópia está cheia de erros.

Podem imaginar a cara das senhoras, começaram a recuar e até desceram as escadas do prédio a correr.

Duvido que tenha sido melgado mais alguma vez.

wednesday disse...

Boa táctica;)

Formiguinha disse...

Olha que giro!!!

a minha mãe fazia exactamente a mesma coisa e como andava por casa sempre de bata e avental a coisa pegava sempre!!!
E eu a pensar que ela era a única!

Bêjos

Safira disse...

Uma vez abri a porta sem perguntar quem era (estava à espera da minha irmã). Sucede, porém, que estávamos no pino do verão e eu andava de bikini pela casa, de modo que o senhor pregador ficou tão incomodado com o meu trajar que, depois de me anunciar o fim do mundo pela fúria de um dragão cuspidor de fogo, pegou na pastinha, desceu e nunca mais se viu, nem houve mais pregação à minha porta. Ora, não serei a mila jojovich, mas também não é preciso esse desprezo todo, né?!

Anónimo disse...

eu tive uma vez quase uma hora na universidade para me livrar deles, a minha sorte foi chegar o meu vizinho e eles la se calaram

Bypassone disse...

Uma vez respondi a um "casalinho" desses: "Se deus existisse, de certeza que não ia querer que me estivesse gente parva a incomodar na minha própria casa a toda a hora". Foi.... "remédio santo".