segunda-feira, 1 de junho de 2015

E nos entretantos...

... a nossa A. nasceu.
De uma DPP a 11 de maio, a uma cesariana marcada para dia 8, tudo correu ao contrário (ou não) e eis que ela resolve nascer no dia 30 de abril de madrugada. Sossegada que eu estava com o facto de ter mesmo de ser cesariana, e vai daí sua excelência resolve que quer ser ela a dar o pontapé de saída (literalmente).
O parto foi um tirinho, os nervos deixaram-me azamboada, o pai ia tendo um enfarte e nunca 90 minutos lhe pareceram tão longos...mas passava por tudo outra vez. Minha querida filha, que me veio completar os dias e a alma. Tão calma e tão perfeita. A nossa menina é aquilo que tanto desejámos e mais um tanto. O choro dela, o primeiro, como que a dizer ao mundo "CHEGUEI", está para sempre gravado na minha memória. "Ainda estava dentro da barriga e já estava a chorar!" comentou divertida a obstetra que me assistiu e que me segredou ao ouvido, enquanto eu tremia de medo, frio, nervos "é um instantinho, filha. Não demora nada."
Terminado o parto, levaram-me para o recobro, onde fui encontrar o pai cheio de nervos. Logo a seguir chegou ela. Puseram-ma nos braços e chorámos de mãos dadas enquanto a observávamos ao pormenor. Nunca tinha sentido tal coisa. Aquele ser pequenino, mergulhado num mar cor de rosa, fora feito por nós e ali estava calmamente a dormir, enroscadinha. Nessa noite não dormi. Gravei cada centímetro de pele na memória, estudei-lhe as feições, cheirei-a e tornei-me mãe dela.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

A esquizofrenia gestacional

Ora então aqui estamos nós com 37 semanas e 4 dias à espera.
Aquilo que ao início me pareceu bem fixe, que é como quem diz estar em casa, já me parece um aborrecimento. Se estivesse a trabalhar, possivelmente não estaria constantemente a pensar na vontade imensa que tenho de ver a cara dela, de a cheirar, de a vestir e de me tornar mãe. Chego ao ponto de me apetecer estar cansada, em oposição a estar aborrecidíssima. Como não vou trabalhar, a barriga torna-se menos pesada, até ando com desenvoltura pela casa e até vou conseguindo tratar das coisas aqui de casa sem grandes confusões....mas volta não volta vou ao quarto dela, observo as roupinhas, faço festinhas aos bonecos, ajeito os lençóis do berço e volto para a sala. De coração cheio de ansiedade e de vontade de fazer o tempo andar mais depressa. Hoje vamos à consulta, mostrar as últimas análises e fazer CTG. Vai ser o segundo que faremos, pelo que já sei o que se vai fazer, mas espero que desta vez ela não se faça de sonsa e dê pontapés...camada de nervos que apanhei nesse dia! Assim que me puseram os cintos, eis que a miúda para de se mexer. Tipo, NADA!
Estes últimos dias parecem uma eternidade...olho para a app do telemóvel e vejo que faltam 17 dias e nem quero acreditar que EU vou dar à luz! Em apenas 17 dias! Depois regresso à base e percebo que AINDA faltam 17 dias. Uma maluqueira, isto.
O pai da criança também anda a dar em maluco com tanta curiosidade, ansiedade e tudituditudo, pelo que acabamos o serão a imaginar como é que será pegar nela, dar-lhe o biberão, mudar a fralda, dar banho e sermos pais. Nós! Que ainda somos uns putos (não obstante os 34 meus e os 37 dele) que andamos às cabeçadas com a vida. O melhor disto, e o que me deixa descansadinha, é que sei que ele será o melhor pai que a nossa filha poderia ter, ou não fosse ele o melhor marido do mundo.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

cont. do post anterior (a partir das sugestões da Formiguinha)

E as pessoas?

Ora, se a questão do mexer na barriga é incontornável, o facto de deixarmos de ser nós para passarmos a ser grávidas ou mães também o é. Chateia? Um bocadinho. Se ao início queria é que a barriga crescesse, que o bebé se mexesse e que tudo correspondesse ao que idealizei, por outro lado, quando a gravidez já era evidente,a par dos seus desconfortos, comecei a ficar um bocadinho irritada pelo facto de todas as conversas fossem dar a bebés, cólicas, carrinhos e afins...Como se o meu cérebro tivesse fechado para balanço e eu não conseguisse falar de mais nada.Ora não é bem assim. É verdade que sintonizei para aqui qualquer coisa que me fez dar atenção a coisas de bebés e maternidade, mas os meus interesses e gostos continuam. Tenho tentado praguejar menos, ter pensamentos melhores, ser mais calma e menos irritadiça, mas a prova de que a coisa não é assim tão linear está na minha incapacidade de fazer estas coisas. É a vida. Pode ser que depois da miúda dar à costa as mudanças aconteçam.

E já sentiste mexer?

Vamos lá ver, eu nunca estive grávida e não tive nunca vontade de ouvir falar do milagre da maternidade até o milagre se ter pespegado no sofá da sala. Portanto, eu não fazia ideia de quando é que era suposto sentir o bebé mexer e até nem estava muito ralada...ATÉ TODA A GENTE ME COMEÇAR A MASSACRAR COM A CONVERSA! "Ah e tal, é como que um bater de asas e borboleta na barriga!" ou "são borbulhinhas de ar!". Tretas. Eu NUNCA senti borboletas nem bolhas, senti sim uns valentes encontrões e um bater à porta no fundo da barriga. E quando é que senti? Essa foi outra: "Ai eu foi logo às 14 semanas!", "ai eu foi ao quinto mês!". Eu senti na véspera de Natal e dada a insistência do mulherio, já achava que estava avariada.

E já deu a volta?

Estou de 36 semanas e mais uns trocos e a miúda está sentada. É fazer as contas às vezes que já ouvi esta.


"Mas olha que parto normal é que é. "

Ide.levar.onde.levam.as.galinhas. Então se a gaiata está sentada, se eu não faço questão nenhuma de a expulsar cá de dentro por uma entrada que me parece bastante apertada para o processo, que tal irem dar uma curvinha? Li algures que há para aí umas alminhas que consideram que o parto não acontece se for através de cesariana. Tanto camião desgovernado que para aí há...

"Estás mesmo com ar de grávida, que giro!"

Giríssimo. Estou com a tensão nos píncaros, parece que roubei o nariz ao Batatinha, ando à pinguim e canso-me só de pendurar uma máquina de roupa. Que giro que é, pá!

"Oxalá tenhas muito leite, filha!" (Dito pela sogra. A minha mãe não se mete em nada.)

Ui, ui. Esta então...não tenho intenção de amamentar a minha filha. Não quer dizer que, ao experimentar na maternidade, não mude de ideias e vamos a isso. Desde o início da gravidez que ponderei muito esta ideia, ouvi muitas críticas e continuei firme no meu propósito. Tem sido fácil? Não. Sou vista como um bicho ruim. Temos pena e estou tão cansada do "mas porquê?" que já só respondo "não quero e pronto".

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Vou-me entrevistar, pode ser?

Então e a gravidez está a ser aquilo que imaginaste?

Er...mais ou menos. Os primeiros 5 meses foram impecáveis, até me esquecia que estava grávida. Imune à toxoplasmose, ganhei apenas 3 quilos até ao sétimo mês, sempre a comer... abundantemente, digamos. Tirando o sono inicial, que me levava a bocejar diante de turmas inteiras, não deixei de fazer nada que me apetecese, tirando emborcar um valente copo de tinto. Enjoos? Nadinha.
A chatice está a começar agora. Quero passear, limpar a casa, aprontar o quarto... e estou permanentemente cansada e sem fôlego. Sinto-me pesada e trapalhona e o andar à pinguim instalou-se na minha vida. Virar-me na cama é titânico, tal não é a carrada de almofadas que distribuo pela barriga e costas. Bottom line: está a ser bom, (muito bom) com uns momentos chatinhos lá pelo meio, mas que não têm importância nenhuma, visto que não tarda nada temos cá fora uma mini-me!

Exames e consultas e trintaporumalinha. Como é que é tens enfrentado a coisa?

Digamos que continuo uma valente mariquinhas, mas sei que não é só por mim que as consultas, análises e afins acontecem, pelo que me tenho armado de coragem e já frequento hospitais, clínicas e centros de saúde com bastante normalidade.
Ao início senti-me uma valente atrasada mental por não saber o que fazer: ali estava o teste com o + e eu perdida e sem saber para que lado me virar. Depois fui à 1ª consulta e aos poucos a coisa foi-se compondo. Na primeira consulta,com 8 semanas, a eco foi vaginal (julgo que é assim que se chama) e deu para ver a feijoca em formação. Foi uma emoção que não consigo descrever ou comparar a nenhuma outra coisa na minha vida. O Eskisito até choramingou um pedacinho...eu aguentei-me. Sou rija, caraças!
Na ecografia seguinte, com 12 semanas, o médico atirou um "parece miúda" que nos deixou extasiados. Não era uma certeza, mas era o suficiente! E era o que nós mais queríamos.
Na ecografia seguinte tivemos a confirmação que tudo estava bem e que era mesmo uma menina. Depois de avisar toda a gente, calcorreámos as lojas e comprámos imensas coisas rosa. Agora já era oficial e a alegria foi imensa. Daí paraa frente, entre análises, consultas, pesagens, medições de tensão e ecos, tudo foi-se tornando quase normal.
O pior mesmo eu diria que é o "tirar sangue". O melhor? As ecografias. Apesar do medo( e olhem que  10 segundos de silêncio por parte do médico durante uma ecografia é uma eternidade) ver aquele ser pequenino a mexer-se dentro da minha barriga é indescritível.

Coisas que juraste nunca fazer e que fazes:

- Choro por tudo e por nada. Mesmo. Desde o facto de não ter roupa que me sirva até à reportagem sobre qualquer coisa relacionada com bebés.

- Deixei de pensar que as grávidas são umas mariquinhas que não aguentam nada. Eu, que nunca pensei vir a querer servir-me da caixa prioritária, dou por mim furibunda ao ver gente sem necessidade nenhuma a ocupar a caixa prioritária. Caraças que até fico zangada só de escrever.

- Comprei( comprámos) tudo em rosa. Não imagino outra cor.

- Deixo que 2 ou 3 pessoas me mexam na barriga. Custa-me horrores, fico desconfortável, mas não há pessoas que não se mancam e é escusado...

- Comprei (comprámos) um carrinho XPTO e fartei-me de fazer pesquisas para me decidir.

- Fiz(emos) um curso de preparação para o parto.

Coisas que juraste nunca fazer e que não fazes nem tens intenção de fazer:

- Barrigas de gesso. Poupem-me.

- Yoga para grávidas. Acredito que seja muito bom, mas não me imagino a fazê-lo.

- Tatuagens com o nome da criança.







The ciiiiircle of liiiiife ou Será que ainda sei mexer nisto?

Bom, queridas pessoas que ainda por aqui passam, isto vai virar um baby blog, valha-me Deus!
Não será certamente daqueles com a roupa que a criança está a vestir, o babygrow-tendência ou o caraças. Calma! Estou grávida mas não ensandeci.
Encontro-me com 36 semanas (sim, uma pessoa acaba por começar a dizer as semanas porque a contagem dos meses é quase matemática aplicada e eu sou uma pessoa preguiçosa), de baixa há uma semana e fiquei com vontade de aqui vir desbobinar as neuras, os medos, as alegrias e a ANSIEDADE que tem vindo a crescer.
Ou então isto pode correr muito mal, dar-me no nervo e fico só por este post! (Pode ser que não...)


quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

A ganhar balanço

Sou inquieta e preocupada por natureza. Acredito que as coisas menos boas que me acontecem se devem sempre a falta de tato da minha parte: ou porque acreditei demasiado em alguém ou porque não soube agarrar determinada oportunidade. Enfim, uma canseira.
Julgava até que lá pelos 30 e tal (chuinf...) a coisa já estaria resolvida e começaria a ter uma vida mais tranquila e cheia de confiança e tal...mas não. A camada de nervos que eu apanho por tudo e por nada é qualquer coisa de extraordinário. Aliás, tenho até a impressão que isto está a piorar.
Uma pessoa nasce assim? Isto foi uma bicheza que apanhei em pequenina? Haverá remédio para isto?
Ora, quero com esta introdução (um nadinha psicótica) explicar o motivo pelo qual decidi reabrir aqui o blogue: quero aumentar o meu Q.I.emocional, mas as pessoas não me deixam! Como isso da psicoterapia é caro, tenciono destilar aqui o veneno que não posso deixar fluir livremente, sob pena de ser presa.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Can't afford a good therapist so...

E de maneiras que voltei. Porquê? Temos as seguintes opções:

1-Ganhei uma pipa de massa nas raspadinhas. Estou podre de rica, por conseguinte não trabalho, e preciso de me entreter.

2- Continuo a ser uma pessoa bafejada pela sorte e tenho sempre coisas bem catitas para vos contar sobre a minha vida cheia de glamour e cenas e coiso...

3- Ou escrevo ou rebento(a cara a alguém).

CALMA! Um de cada vez aí a comentar, pá! Não me entupam a caixa de comentários!

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Resolução de ano novo? Fechar o blog.
Andei por aqui bastante tempo, serviu-me de terapia, de muro das lamentações, de lugar de partilha de parvoíces e mais um rol de coisas. Já existe há uns 5 anos(creio eu) e fez sentido durante esses 5 anos. Agora, embora me custe, já não faz. Prefiro ler o que os outros escrevem a vencer a preguiça de ser eu a escriba. É a vida. Só me aborrece que eu não tenha nada disto gravado em lado nenhum, mas se calhar é assim que tem de ser.

Então so long, farewell, auf wiedersehen, goodbye. Viram, pessoas dramáticas que acabam com os blogs e que fazem um grande dramalhão à volta disso, não doeu nada. (Ora, onde é que eu deixei os meus comprimidos...)

domingo, 23 de outubro de 2011

Isto tem andado muito calminho por aqui. Isso significa que a vida tem andado calma? Er...sim. Não vale de nada andar para aqui com lamúrias, que ai que fico sem subsídio ou ai que a vida está tão cara, porque não valerá de muito, certo? A vida vai acontecendo com mais ou menos chatices, mais ou menos alegrias e planeio-a com a antecedência com que marco um teste: com tempo suficiente para poder dar tudo a tempo e sem provocar embolias à cachopada. Eu cá sou a favor das coisas bem feitas e feitas com calma, a não ser que me esqueça de fazer alguma coisa e aí é a desgraça total. A vida corre bem? Corre. Vem aí um «sobrinho», outro (a) está no forno também e o mailindo deles todos vai fazer 5 anos daqui a uns dias. Pelo meio assinalaremos 13 anos de namoro. Incerteza no futuro? Ansiedade? Sim, também, mas vamos lá focar-nos neste «teste» que o resto da matéria ainda está por dar.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Um lanche espectacular

Depois de uma manhã a passar a ferro e uma tarde de reuniões e processos e o cataninho, resolvi que também era filha de Deus e vai de ir lanchar uma coisa bombástica. Nada mais, nada menos do que uma sandes de panado e um sumol de laranja. Epá, supimpa. Tenho para mim que não bebia um sumol há décadas e o panado estava tão seco e cheio de gordura ao mesmo tempo que me senti na presença de um acontecimento gastronómico. É bem provável que venha a vomitar tudo daqui a umas 3 horinhas, uma vez que o meu estômago dá sempre de si por essa hora, que é para me obrigar a andar a correr para a casa de banho toda endrominada e a tropeçar nos gatos. Mas quero cá saber, aquilo soube-me pela vidinha.Amanhã, teremos panquecas: ementa muito menos lusitana e devastadora para o fígado, mas o ano começa na quinta-feira e o fígado tem mais é de se aguentar. Bom, vou-me deitar e esperar pelas 2 da manhã que é para ver se faleço ou se vou mesmo dar início ao ano lectivo (letivo!) de 2011/2012. Olha, cá está a guinada no fígado.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

O Carlin é que a sabe (sabia) toda

Será que se as pessoas tivessem trabalhado em sítios bem mahosos/mal pagos/ a roçar a escravatura, conseguiriam dar o verdadeiro valor à profissão que exercem? Será que então se aperceberiam da enorme sorte que é ter trabalho na área que escolheram? É que eu cá estou feliz por poder trabalhar naquilo que ESCOLHI, camandro! e entendo que o desemprego deva ser bastante pior.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Do what you love and then get paid for it


Mais um aninho na mesma escola. Mais um aninho sem confusões de maior. Não gosto de fazer dos professores mártires, porque entendo que quando não dá temos de ser nós a perceber que enfiámos o pé na poça (até ao pescoço) e que urge arranjar alternativas. Precárias? Sim. Que nos sugam a vida a cada instante? Sem dúvida.
Quem conhece aqui o estaminé desde os seus primórdios (por falar nisso, já nem sei quando dei início aqui ao coiso), com certeza se lembra que já fiz muita coisa para ter dinheiro para pagar despesas e para pôr comida na mesa. Prostituição? Não, mas olhem que o tratamento recebido me deixava na dúvida... Enfim, penei. Penámos! Porque isto de se dizer que se vai fazer vida em conjunto TAMBÉM passa por estar lado a lado até na linha de montagem de uma empresa de congelados. Custou um bocado (graaaande) ser a menina do café, da sapataria das tias, da fábrica de congelados, de... mas, por muito mal que isto soe, entendo que tudo me fez falta para estar hoje aqui, descansada por estar mais um ano a trabalhar naquilo que gosto mesmo, a receber o suficiente para não estar constantemente com medo de ter de pagar o seguro do carro, os acertos da luz ou com medo de adoecer e não poder trabalhar. Os recibos verdes são tramados, people.
Resumindo e concluindo, sinto-me muito feliz por estar colocada, mas estou a torcer por todos os que não estão, porque sei o que a vida custa, a de professor e as outras todas.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Da perspectiva

Digamos que tenho um TPM lixado, vá. Fico para lá de irritada, ao ponto de nem fazer festinhas em condições aos meus ricos gatinhos. Digo tudo, como os malucos e entro numa espécie de transe em que só me apetece estilhaçar os dentes da frente aos seres que já me lixaram, quer o tenham feito na semana passada ou no segundo trimestre de 1992. É uma coisa que me cansa, palavra. O Eskisito, coitadito, até se pôs a ver o Oz a ver se aprendia dicas e truques para lidar com os hormónios, pelo que agora quer comprar um barril de 200l de vitamina B6.
Ora, e porque raio estou eu aqui a falar nisto, armada em gaja? Por nada de importante, deixem lá isso. A não ser que considerem importante que a roda dianteira do lado direito do nosso carro estivesse prestes a soltar-se à entrada da 25 de Abril. Uma beleza. Pois de moldes que amanhã, pelas 9 da manhã, estarei na Opel do Cacém, com uma factura da mudança dos travões ocorrida há quase um mês e perguntarei ao manda-chuva da chafarica onde é que as quer levar e ensinar-lhe-ei, pela via da bofetada, que agradeço que, ao mexerem nas rodas do meu carro, apertem os pernes com a maquineta criada para o efeito, de maneira que uma pessoa não vá parar ao Tejo.
Isto tudo sob o efeito dos hormónios e tendo sido obrigada a recorrer à casa de banho da Midas de Almada. Não mudem de país não...

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Camada de nervos, palavra de honra!

Hoje, roubaram-me a carteira, há um ano roubaram o carro aos meus pais. Em Abril cancelaram-nos os multibancos por suspeita de fraude e andei sete meses sem seguro devido a uma BURRICE na seguradora. Como é que ainda não apareci nas notícias, como a pessoa que vagueia pelo IC19 de UZI em punho é que não sei.
Resta acrescentar que a carteira apareceu ao fim de duas horas (obviamente que já tinha cancelado os cartões!), o carro apareceu sem um arranhão, os cartões nunca foram clonados ou lá o raio e a seguradora que tem o nome de alguém que vem de um dos arquipélagos (e não me refiro à Madeira) vai levar comigo assim que eu tenha tempo para respirar. Resumindo: ou isto é o Universo a querer mangar comigo e devo jogar no Euromilhões ou...ou não sei!
Um grande obrigado ao senhor que encontrou a bendita carteira e que se preocupou em devolver-ma. Fez-me voltar a ter esperança na espécie humana.
Quanto ao ladrão, desejo que os 10 euros que eu lá tinha lhe tenham feito jeito. Ficamos assim, que é para não ficar já com conta aberta e habilitar-me a levar com mais um ajuste de contas do Universo.

terça-feira, 19 de julho de 2011

As girafas são tramadas


Maneiras que o ano acabou e todo o arraial de papéis descansou, de volta ao dossier ou à papeleira. Uma limpeza!
Tive um ano espectacular, com putos inteligentes e educados, com pais super-atenciosos e fiz tudo com muito gosto. Claro está que, à pala disto tudo, arranjei um séquito absolutamente fantástico de odiadores profissionais. Daqueles que andam sempre de mal com a vida, vós certamente sabereis aos que me refiro. Felizmente, como já é muito ano a virar frangos, enderecei-lhes um valente manguito e continuei a senda de trabalho com um sorriso, que arrasa com qualquer odiador profissional. Julgo que terá que ver com a falta de assunto. Os odiadores profissionais precisam mesmo de arranjar tema de ódio para se manterem ali cheios de vitalidade e fel, já se sabe.
Portantess, foi mais um ano que findou e mais algum trigo e joio que se separou. Faz mal às alergias, isso de levantar poeira, mas toma-se um zyrtec e passa.
Fica-me, no entanto, um ensinamento: é fácil sentir peninha e dar o ombro, o lixado é ficar feliz pelo outro.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Manifesto anti-gente cheia de fel



No fundo, sinto-me feliz. Farta de gente que só vive para complicar e dizer mal. Mas feliz. Gosto do que faço e da maneira com que o faço. Conheço os meus limites mas sinto que a felicidade verdadeira fica na distância que se percorre no instante seguinte a ultrapassar essas fronteiras da segurança e do habitual.



Tenho levado encontrões ao longo da vida. Encontrões sistemáticos. Há uns aninhos, esses encontrões deitavam-me abaixo. Caía de queixos no chão, magoava-me e ficava cheia de pena de mim, lamentando a pouca sorte. Com o tempo, e ao fim de muitos encontrões, comecei a aprender a cair. Já não ficava de joelhos em sangue nem de lágrimas a correr. Nada disso. Agora, ao mais leve roçar com má intenção fico de pé atrás e defino limites. Não caio mais.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

É uma pregadeira!

No espaço de uma semana, disse a palavra que começa em b e acaba em e e que no meio tem roch, à mesma turma. Como? Terei perdido o tino e já comecei a praguejar em plena sala de aula? Não. O que acontece é que os senhores que escrevem os textos para os manuais não devem ser bons do sentido ou pensam que a palavra não vai levar à PARVOEIRA ABSOLUTA num nanosegundo. Por outro lado, se os senhores escritores não devem muito à pedagogia (Miguel Sousa Tavares, por exemplo, esse grande maluco que se Deusnossosenhor me der saúde nunca hei-de ler com os meus gaiatos), os senhores das editoras....convenhamos que também não! Como se não bastasse ter dito a palavra no meio de um texto que também dizia qualquer coisa do não sei quê que trazia o pau na boca, fui com a turma à biblioteca e vai de os pôr a ler os cartazes com informação sobre Goa (uma exposição a decorrer) em que se fala no sari e nos broches que seguram o dito.
Não mereço.

sábado, 9 de abril de 2011


Mais depressa me arrancam um murro do que uma lágrima.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Perdoem-em a franqueza, que eu até sou respeitadora!

Quando uma colega de idade avançada e selinho de chanfrada te desmente, num dia em que estás a ficar sem voz nenhuma, cheia de calor e sede...o que é que pode acontecer, hum? É triste mas é verdade. Eu, como tenho menos 30 anos que ela, sou contratada e respeito muito a memória da minha avó, a única grande maldade que lhe reservo é demorar-me muito no WC quando ela estiver na fila. Apetecer, apetece-me muita coisa. Sempre com dentes a saltar e sangue a esguichar e velha a rebolar a escada enquanto eu lhe grito aos ouvidos que ela é uma velha maluca que não lava o cabelo amiúde, e que é uma velhaca de merda e que a idade devia ter-lhe trazido sabedoria em vez de filhadeputice.