Ai o meu cérebro...
Com a história das novas oportunidades, depois das 18.30m, a minha escola recebe cursos de formação. Os alunos, pessoas na casa dos 40, 50, 60 anos, esperam à porta das salas pelos professores que lhes dão formação. Saio eu, carregada até ao limite da minha coluna e deparo-me com dois cromos engalfinhados, como se fossem galos. A auxiliar passa e ignora a briga que ali se vai armar. (Por falar nisso, há coisas que não mudam: lá estava o resto da turma a berrar o típico "po-rra-da! sincopado.) Mas como eu estava dizendo, eu passo, os putos lá estão de testas franzidas com o coro da turma a incitar à briga, e eu sigo o meu caminho, porque já basta o que uma pessoa tem de fazer para os conseguir ter em sala de aula com o mínimo de educação, para ainda me habilitar a levar na pinha por causa de uma parvoíce qualquer de putos. Eis que ouço um senhor dizer para outro: como é que isto não há-de estar assim? Os professores não querem saber!
E eu segui, não me engalfinhasse eu também com alguém. Eles que experimentassem transmitir educação aos filhos, e se calhar isto não estava assim. Hoje, por exemplo, ao fim de cinco dias seguidos em casa, pergunto às duas turmas se têm dúvidas a colocar sobre o teste que se avizinha (segunda que vem). Dizem que não, que não têm dúvidas. Mostro-lhes o tal apanhado de gramática que fiz para eles e uma miúda riu-se alto quando eu disse palavras homógrafas. Como se fosse uma palavra estrangeira, sei lá. Nunca antes ouvida, talvez. O problema é que dei isto no primeiro período até ao limite da minha sanidade mental. Segundo ela, riu-se porque a palavra lhe pareceu cómica.
Eu ri-me da comicidade da palavra também, enquanto ela passava 45 minutos na rua. E que bem que se estava na rua às 2 da tarde. Fresquiiiinho!
2 comentários:
Inscrevam se no RSI
Não sei se gostas se não, mas aqui vai um selo do meu blog: http://meninadaborboleta.blogspot.com
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