Semaninha do camandro...
Esta semana tem sido complicada. Por norma sou bem-disposta e não me deixo abater às boas, mas estes 5 dias custaram a passar como nunca. Bom, talvez o mês de Agosto, naquele buraco do inferno tenha sido pior...
Entre amigas com problemas de saúde e serões a olhar para o pastel, digamos que tenho tido oportunidade de complicar bastante, tanto ao nível do que penso, como ao nível do que digo e do que faço.
Sinto-me desmotivada, sem vontade para nada. Estou a fazer uma formação que é deveras interessante, o sábado que passou levei-o enfiada numa sala de aula a olhar para um monitor e a falar com colegas sobre temas que até fazem sentido...Mas depois chego à escola- cheia de pica- converso com as colegas, dou ideias, partilho coisas novas que aprendi, e sinto um desgaste e uma falta de gosto no que se faz, que me deixo ir abaixo e desmotivo. Até mesmo eu, que não baixo a guarda perante elas, sinto uma desmotivação profunda.
Ando para aqui de volta dos papéis, dos sites, das explicações, das aulas, enfim...a fazer o que gosto, porque lá no fundo sou um rato de biblioteca que adora estudar, mas sinto que não consigo marcar a diferença, com ou sem formações.
De que vale andar para aqui a moer-me com routines, cross curricular activities, jogos e canções, se tenho meninos sem pais que nem sabem o que é um abraço?
Quero uma formação que me ensine uma maneira de lidar com estas situações sem me deixar afectar. Quero uma formação que me dote de meios para resolver as coisas sem depender de outros.
6 comentários:
Infelizmente passar da teoria à prática tem muitas vezes efeitos desse tipo. Não mudes, porque tu é que vais no caminho certo.
olha Maria, não há formação para isso... No meu primeiro ano de trabalho, uma das turmas era de meninas retiradas À família pelo tribunal... foi um bocadinho complicado ouvi-las dizer que tinham sido um "acidente" e que por isso as mães não queriam saber delas... Além da escola, sou voluntária (cada vez mais ocasionalmente) numa associação que trabalha com crianças desfavorecidas... Costumava ser monitora emcolónias de férias, 15 dias, 24 horas por dia com crianças que no fim berravam e esperneavam porque não queriam ir para casa pois lá não havia agua quente para um duche, ou sopa todos os dias... Crianças que se agarram às monitoras e pedem de lágrimas nos olhos se podem ir para nossa casa... Não há nada que mude isto Maria... Custa a encarar, custa a desligar... E é bom sinal, é sinal que sentes...
Beijinhos
Vinha dizer o mesmo que a bellatrix... Também já fui monitor em campos de férias semelhantes. Não lido com essa realidade diariamente, mas nada te vai preparar para a enfrentar. Muito menos sozinha!
Mas ganhas calo de cada vez que o fazes, ganhas força de cada vez que és tu própria apesar do marasmo que te rodeia... e tens aqui um blog porreiro onde fazes a malta rir-se, e ris-te tu também!
Beijinhos!
Há quem talvez te diga que tens que deixar de ser tão sensível...e eu digo-te para nunca deixares de o ser porque será por aí que farás a diferença. Não há nada pior que tornarmo-nos indiferentes a situações como estas. Não deixes que a indiferença ganhe a batalha...enquanto lutares contra mesmo que pareça que perdes a batalha...acabarás por ganhá-la!
Bom fim de semana. Bj
Vives tudo muito intensamente, como eu.
E já sabemos que isso não é bom.
Tens que te dar um bocadinho de descanso...
Quando descobrires essa formação liga-me!!!!!!
Também quero!
Bêjos e muita força
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