terça-feira, 27 de março de 2007

O meu primeiro post...

Sendo este o meu primeiro post pus-me a pensar…e pensei. Ora, isto tem de começar bem, senão é bem capaz de ninguém parar para ler…não posso enfadar logo na primeira linha, armar-me engraçada muito pior…enfim, resta-me o impensável, fazer uma crítica a destilar veneno sobre tudo e todos. Parece-me bem.
Ora, esta semana o que mais me impeliu a escrever foi a terrível situação dos ciganos (coitadinhos!) cujas barracas foram deitadas abaixo pela (malvada!) Câmara Municipal do Porto. Sim, estou a dizer mal dos ciganos…isto porque deve ser um tanto ou quanto improvável que os ditos venham fazer pesquisas na Internet…e podemos sentir-nos salvaguardados” desde que o termo “pesquisar” não evolua etimologicamente para “fanar”.
Portanto, estava eu calmamente à mesa (dada pelos meus pais, porque não havia guito), a comer a minha refeição (constituída por ingredientes da afamada marca “é” e “tal”), no meu lar doce lar (casa alugada), a preparar as fichas para as explicações (para poder pagar a Internet), quando, eis senão quando ouço o belo do porta-voz-de-uma-qualquer-associação-de-defesa-dos-coitadinhos dizer que os cidadãos desta minoria étnica (vulgo ciganal) estão a ser expropriados de um terreno que OCUPAM há mais de 20 anos…Lá está, coitadinhos! Imagine-se que agora os pobrezinhos vão ficar a viver numa pensão à custa da Segurança Social. Que mauzões que são os senhores da Câmara.
Perante isto, é evidente que os senhores de etnia cigana se recusaram a ir para a pensão. Querem antes um terreno.
Que ilação retiramos deste momento da actualidade portuguesa? Ora ocupar não significa possuir legitimamente, se tiver o azar de construir um pombal nas traseiras do quintal pago uma valente multa e mandam o raio do pombal ao chão, a mim ninguém me dá alojamento grátis…mas, alto lá, nesse aspecto o Estado Português está certo: sou apenas jovem, portuguesa, licenciada e a trabalhar a recibos verdes para o ESTADO. Não preencho os requisitos…Ainda se admiram que Salazar tenha sido eleito o maior português.
E não vale a pena virem moer-me o cérebro com tretas moralistas e politicamente correctas, porque nesta altura do campeonato, já estou nas tintas para isso tudo.

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