Bora alentejanar?*

De mês a mês a coisa repete-se: pegamos na carripana e rumamos ao meu alentejo. Este fim-de-semana foi o que aconteceu.

O meu irmão era um dos participantes no Rali TT Esporão, e nós tínhamos que ir fazer barulho quando ele passasse na Navara.

Eu fartei-me de fazer barulho, naqueles 3 segundos em que os pude ver passar na primeira passagem de alcatrão. O problema foi que ( e agora atentem na sapiência mecânica que para aqui vai) partiram o diferencial e aquilo foi-se. Foi triste. Primeiro por que andaram (ele e o companheiro de equipa) a penar todos os serões desde há largos meses, para, na primeira corrida, a bela da carrinha dar o pifo. Segundo, foi triste porque acordei às 6 da manhã depois de uma noite de nariz entupido e gato com o cio a miar à porta do quarto, e nem uma garrafita de Esporão os gajos deram ao pessoal que por ali se arrastava de óculos escuros e ar de morto-vivo (eu, por exemplo).

Não fosse o lanchinho de mámãe ( e por lanchinho entenda-se um banquete de tudo e mais alguma coisa que eu não devia sequer cheirar) e a sempre agradável companhia do menino mais lindo do UNIVERSO e ARREDORES, e aquilo tinha sido uma bela bodega.

Ah, e o petisco de inauguração do telheiro e do barbecue também foi bom: umas entremeadas, umas cacholeiras, umas febras regadinhas a bom tinto alentejano ( o meu pai não regou, nadou, mesmo) enquanto uns escaravelhos voadores (bem nojentinhos por sinal) faziam voos rasantes à travessa das entremeadas.

Que bem que se está no campo, e que bom que é estar com os nossos, mesmo que os nossos tragam a filharada toda e que essa filharada toda brinque com uma coisa que chamam brinquedo mas que, na realidade, para alguém que não dormiu nada e que por conseguinte tem a cabeça a latejar, mais não é do que um instrumento de tortura. Um viva aos senhores da Chicco? Viva!

Agora a reportagem fotográfica (a C. levou uma cannon, e como tal houve concorrência desleal, as boas são dela, as minhas são as razoáveis, vá!)

*A expressão é bastante má. Parva? Um bocadinho. Mas resume um modus vivendi bem castiço, que oscila entre o não fazer nada e pedir a alguém que traga a mini.