A cabra da Braun

Há momentos em que me apetecia ser homem, sendo eu:

1 - Naqueles cinco dias do mês;

2 - Quando me apetece mijar num sítio em que as casas de banho são um nojo ou estamos em pleno descampado;

3 - Quando me levanto de manhã e não me apetece sequer pentear-me;

4 - E, quando a quantidade de pêlos que se espalham pelo corpo é de tal forma incontornável que se torna indispensável arrancá-los seja de que maneira for.

Enquanto dito este post, o meu marido está a escrevê-lo, visto que tenho entre mãos (literalmente) um objecto de tortura, vulgo, Silképil Eversoft Deluxe, gentilmente emprestada pela Ninica. E eu pergunto: Porque é que eu não nasci em França, ou num desses países em que elas ostentam orgulhosamente as suas pelosidades? Isto é de tal forma masoquista que chego a passar a máquina em sítios sem pêlos só para ter descanso.

Imaginemos então, caros homens (sim, porque as gajas já estão mais que habituadas a estas bodegas), um utensílio consituído por uma espécie de pinças rotativas que ao serem passadas pela derme nos arrancam pela RAÍZ o belo do pêlo corporal.

Mas nós somos rijas. Assim que nos juntamos três ou quatro (ou mesmo duas), e começamos a falar de depilação, falamos logo das técnicas dolorosas. Claro que há sempre uma chica-esperta que diz "Ai a mim, isso não me doi nada!". Claro que a mesma chica-esperta não tem pêlos. Ao que eu me armo em ex-combatente e mostro as minhas cicatrizes, neste caso, pêlos. E é vê.las calarem-se e saírem de fininho. "Ah pois, nesse caso, é capaz de doer um bocadinho...".

Claro que depois também temos o reverso da medalha, o nosso querido marido, que deve ter um qualquer problema de vista, uma vez que cada vez que digo: "Credo, pareço um arbusto", ele diz: "Não se nota nada".

Ainda me falta uma perna e este post está a ficar enorme.