segunda-feira, 12 de maio de 2008

Ai a minha úrsela...

Tenho para mim que nunca me referi aqui à ASAE, mas, depois do sucedido, tenho de deixar aqui uma qualquer referência a esses grandes queridos.
Domingo de manhã, Mariazinha, toda empenada dos rins, dirige-se à feira com uma amiga. Tal como os homens gostam de ficar a olhar para montras de lojas de informática, gaja que é gaja gosta de ir a locais cheios de pó e roupa barata. Pode -se sofrer com os ácaros, pode-se perder um tímpano ou outro, mas é compensador comprar uma camisola porque é amarela e o amarelo usa-se, e porque custa só 5 euros.
Trata-se de um ritual importante, e é importante que tenha lugar na ausência de um qualquer marido castrador. É sabido que estes seres têm o péssimo hábito de dizerem coisas parvas que nos fazem duvidar quanto à necessidade subjacente à compra de determinadas peças.
(Este parágrafo cansou-me um bocadito...)
Bom, estava a Mariazinha muito orgulhosa quanto ao seu vestido novo, quando eis senão quando aparecem uns moços armados até aos dentes, de capacete na mona, e olhar reprovador. Por momentos sentiu-se no Iraque. Mariazinha, pouco habituada a estas lides, não se deixa intimidar, e vai de romper por entre a multidão. Como compradora experiente que é, avista uma bela de uma túnica lindíssima e quase que flutua até ela. Não se sabe o preço, a vendedora não está por perto, pelo que olha à sua volta, na esperança vã de conseguir levar dali aquela peça absolutamente necessária no seu guarda-roupa. É verdade que estranhou não ter ninguém a dar-lhe cotoveladas, mas ainda assim ignorou. É então que a querida se lembra de olhar para o lado e dá-se conta que tem um moço de capacete e bastão mesmo ao seu lado com um ar algo incrédulo. Vai não vai, esteve quase para o interpelar, e perguntar-lhe o preço das túnicas, mas desistiu, que isto é gente que não tem simpatia nenhuma no corpo, credo!
Giro, giro, foi quando esse querido, juntamente com os outros queridos, seus coleguinhas, começaram a correr por entre as pessoas que por ali andavam a tentar comprar. Entre crianças que abriam a goela, o pó que se levantava no ar, e a confusão instalada, com gritos em código e sirenes enfurecidas, estou em condições de afirmar que a ASAE é muito espalha-brasas. Por tua causa, agente grandalhão, não comprei a porcaria da túnica e fartei-me de comer pó. És mau. Por tua causa tive de preencher o vazio no armário com um twix, um magnum e uma waffle com molho de morangos. Isto é que é o bem da sociedade? Voltar ao estupor do ananás? Vergonhoso, pá!

5 comentários:

Lisa's mau feitio disse...

Mary mailinda!

Vi a notícia!
Lembrei-me de ti, mas apenas pela referência à cidade em causa! Pois jamais te imaginei ávida de boutiques "feiró" aqui como eu!
E aqui uma tão perto de mim aos Domingos! Então, para lá das horas "alapadas" no café da frente, temos sítio novo onde ir... (Enquanto o Mestre fura tudo quanto é parede para as prateleiras da "outra") :D

E não! Não tens de voltar ao ananás forçosamente! Para a semana voltas lá... E compras a túnica que te ficou na alma... Só que em versão "tamanho seguinte"!!!!

Ai Maryyyyyyyyyyy... Não me belisques!!!!!! Fuiiiiiiiiiiii....

Beijão tão grandinho! Sarapintadinho e tudo!

Lisa

Restelo disse...

Tadinha da minha Maria! Da próxima diz ao rapagão do capacete que tem de s'aver comigo!! Ora esta, não deixar a Maria comprar uma túnica! Não há direito!

Bipolar disse...

Já nem á feira se pode ir descansado!!!

Beijo

Sara disse...

LOL
Esse grandalhão devia pagar-te umas sessões no SPA, no mínimo. Estúpido. Sabe lá ele o que sente uma mulher sem ter uma túnica linda e maravilhosa no seu roupeiro! :D

Elvira Carvalho disse...

Aqui na feira do Barreiro já é hábito. Verdade seja dita, que ultimamente estã cá caídos todos os sábados.
Um abraço