terça-feira, 20 de novembro de 2007

Este Natal , o meu presente, eu quero que seja a minha agenda, a minha agenda..tóim, tóim, tóim, tóim, tóim!


Como sabem, eu gosto de ver o programa da Fernanda Freitas, o Sociedade Civil. Gosto porque aquilo consegue pôr um eremita a pensar em regras de trânsito, ou um ex-militar do ultramar a ponderar separar o lixo. É daqueles que moem mesmo o cérebro.

Ontem o tema era tão bom, tão bom que nem me lembro qual era...mas o que me chamou mesmo a atenção foi a rubrica da sôtora psicóloga. Normalmente, ate gosto de ouvir a senhora. É positiva, gosta de ver o lado bom da vida e acredita que todos nós podemos alcançar o que queremos. O que eu gostava de fazer uma consulta ao saldo da conta dela...Mas ontem a senhora superou-se. Aliás, sempre que ela fala de educação e de parentalidade esmera-se.

Segundo ela, uma mãe escreveu-lhe MUITO PREOCUPADA , porque o filho acabara de descobrir que o Pai Natal não existe e que não aceitara muito bem a ideia, muito pelo contrário, o miúdo chegou a perguntar à mãe porque é que ela se tinha dado a tanto trabalho para lhe mentir...

Depois desliguei e fui trabalhar já a pensar nos dilemas interiores dos meus alunos: "Espalharei as minhas fezes pelas paredes da casa-de-banho, utilizando as mãos ou o piaçaba?", "Deverei espancar este aluno do 1º ano, na casa-de-banho, ou nas barbas das auxiliares?" Questões...

Enquanto isso, pus-me a recordar a minha infância e a descoberta de que a história de "olhar fixamente para o céu" enquanto as prendas chegavam era tudo um embuste. Devo dizer que foi uma tragédia dupla: se por um lado descobrir às 4 da tarde, as prendas encafifadas na marquise, pressupôs o fim da ilusão do Pai Natal, o facto de a minha avó persistir na história do Menino Jesus, de fralda de pano, a esgueirar-se pela chaminé, deixou sequelas difíceis de apagar...

Mas devo dizer que o facto de ver ali as bonecas, lado a lado com a gaiola do canário, às 4 da tarde, para mim não foi tragédia nenhuma...sempre fui muito prática e os fins justificam os meios, caramba! Interessava-me lá se tinha sido o Pai Natal ou o Menino Jesus, ou a famelga! Eu queria era o meu Nenuco!


ps: E quem é que vos disse, que a miúda da foto sou eu???

13 comentários:

Azul disse...

Esta história de substimar a inteligência ás crianças tem muito que se lhe diga e dava pano para mangas.
Elas querem mesmo é os brinquedos, que se dane de onde vêm!


Ps: Ah, não és???
mas olha que , com aquele ar-de-mau-feitio, parece-se-se mesmo contigo!

Hydrargirum disse...

LOL

Só o 1ro parágrafo já me fez gargalhar!:)

Eu nunca acreditei...ou sequer me levaram a acreditar que havia um Pai Natal....isto de viver com uma mãe Capricorniana...é levar com doses de realidade desde o berço....lol

Eu realmente queria era os brinquedos...e semanas antes do Natal, já eu cilindrava a minha família com "Onde é que tá?!"..."Tá aqui, ou ali?!"

E se tu não és a menina da foto...!!O que é que então está muito mal aqui, hum? Olha que eu falo-te em Francês!lol

Hélder disse...

Realmente, tenho a vaga ideia de ficar contente por "já ser crescido" e não acreditar no Pai Natal.

E a minha mão sempre me curou a hiperactividade muito bem... e, curiosamente, a do meu afilhado também anda a sossegar de dia para dia desde que ela passa mais tempo com ele e o irmão!

Luazinha disse...

Pois... como eu!
Qual Pai Natal qual quê, eu queria era ver se era desta que recebia o bébé chorão que tinha visto na drogaria lá do bairro...
Sim, pq antigamente não havia grandes superficies cheias de brinquedos... os meus pais compravam na "maria dos anjos" a chamada "drogaria" que tinha de tudo...desde bonecas, carrinhos, meias de vidro, detergentes, pilhas etc e tal...
Mas é sempre bom revive-lo, que mais n seja para apimentar o Natal com a fantasia que merece...

Teresa disse...

Lá em casa era o Menino Jesus que deixava os presentes (o Pai Natal é uma modernice importada). E eu, claro, acreditava piamente.
É favor não rires, mas tive um enorme desgosto quando uma coleguinha de escola mais sabida me tirou as ilusões. Tinha oito anos. Outros tempos...
Um beijo grande.

... disse...

Eu sinceramente nunca me preocupei mto com o Pai Natal. O que realmente interessava eram as prendinhas de manhã ao acordar. O tanto ao quanto para o consumista, coisa de putos :)

Quanto à foto, não sei se és tu, mas o sentimento kitsch está lá.

Eu tinha uma pantera azul que era um cabide, assim mesmo com o toque dessa.

bjs

...

Andreia disse...

Cá em casa também era o Menino Jesus... E eu acreditava piamente, a minha familia dizia "Andreia, vai à chaminé ver se o Menino Jesus já veio!" e eu depois de insistirem milhentas vezes, feita tótó, ia cheia de medo de o encontrar!!!! (Vá lá não se riam!!!!)

Depois descobri porque uma colega me disse "é o quê o Menino Jesus ou o Pai Natal?!!! quem põe lá as prendas são os pais!!!!"

Eu cheguei a casa e perguntei à minha mãe e ela "ai e tal e não sei o quê..." não teve hipotese de disfarçar!

Contudo não foi nenhum trauma, desde que as prendinhas cheguem é o que se quer!!!!

Beijinhos
(Esta ano é que vai estar mal para prendas :(:(:(

Diabba disse...

Não me lembro quando é que descobri a verdade, mas não deve ter sido traumático, senão lembrava-me.

Eu quero de presente neste natal uma casa com lareira!! e já agora quintal... para mais tarde plantar lá uma piscina. hehehehe

beijos d'enxofre

Dina disse...

A mim quem me disse que eras tu foi...a pantera cor-de-rosa! É uma linguaruda!

Piston disse...

Porque é que as avós insistem no ridículo que é o menino Jesus, aquele que não faz um cu, vir deixar-nos prendas?

MiSs Detective disse...

ora nem mais! who cares?! quis lá saber quem é q trazia as prendas, queria era aas barbies. so tive um nenuco na vida. mas barbies, uiiiiiiii uma ate veio pela chaminé! achei q era um milagre. depois digam q nao bato bem.

Rita disse...

Eu acreditei no Pai Natal até o dia em que descobri as prendas em cima do Guarda Fato. Aí deixei de acreditar mas como estavam lá os presentes que eu queria caguei...
PS - Ainda estou para saber para que é que a Diabba quer uma lareira???
Jokas

Maria do Consultório disse...

azul:

Tu achas que andar de cabelo à cogumelo foi fácil? Hã???
beijo
E reitero que não sou eu. Não sou, não sou, não sou.

Hydra:

Eu sou casada com um capricorniano...e filha de um virgem...sabes lá o que eu passei pá!
Epá, francês é que não...
beijo
E não sou eu!

htsousa:

Intigamente é que era! E os teus piquenos só têm a ganhar com esta terapia.
beijo

luazinha:

Os meus vinham dos epanholes. Os gajos tinham uma oferta absolutamente absurda de brinquedos...epá, que saudades...
beijo


Teresa:

Eu fomento isso nos meus piquenos. E ai do chico-esperto que ousar contradizer a existência do Pai Natal ou do Menino Jesus...
beijo

...:

AZUL????Que raio! E não sou eu. Não sou. Eu teria logo emigrado se me tivessem feito um penteado daqueles...snif...mas não sou eu!!!!
beijo

andreia:

Pois...este ano está curto. É´só para os crianços e pronto...e ainda são 6!
beijo

Diabba:

Traumáticos são esses Pais -Natal pendurados das varandas!
E não sou eu.
beijo

Dina:

A parva da pantera tem é que ir recambiada para sótão. Tem, tem...
beijo

Piston:

Não devem achar piada ao facto dos putos gostarem tanto de um gajo vestido de encarnado...soa a comuna e tal.
beijo

miss:

MILAGRE?!Tadita...eu já desconfiava que não batias bem do caixote, mas tanto...
beijo


rita:

Aí é que está. Os meus pais são uns tansos e puseram as prendas na marquise da sala de jantar! Ora eu fui à janela e pimba. Até hiperventilei de excitação. A sério.
beijo