segunda-feira, 16 de abril de 2007

Terapia televisiva

Depois de um fim-de-semana um tanto ou quanto estafante, pude, finalmente, sentar-me em frente à televisão. Incontornável, é, de facto, o documentário do James Cameron…mas, quanto a isso não me vou alongar, porquanto não se chegou a nenhuma ilação conclusiva. Mas gostei, quanto mais não seja porque, este documentário, a par de muitas teorias que agora vêm a lume, querer a viva voz dar um papel preponderante à Mulher no que à religião, em particular, diz respeito.

Neste momento, são 14.20m, e acabei de assistir às notícias. Um senhor, de cerca de 60 anos, ameaçou fazer explodir uma dependência do Montepio, num acto desesperado por salvar o apartamento de que é proprietário mas que vai ser leiloado.

É triste. Muito triste mesmo. Mas, se calhar, com o rumo que Portugal tem vindo a levar, qualquer dia isto torna-se prática comum que as pessoas implorem clemência aos Bancos…

Outro programa que gosto muito de seguir, quase diariamente, é o Sociedade Civil (rtp2). Hoje, o programa é subordinado ao eterno generation gap. Já foram levantadas várias questões, desde a oposição entre pais modernaços vs pais conservadores até à super-protecção vs alheamento.
Este é, sem dúvida, um tópico que me diz respeito. Lido diariamente com miúdos que demonstram sem sombra de dúvida que as coisas se modificaram desde que eu tinha a idade deles. E não sei se mudaram para melhor. A relação pais/filhos democratizou-se excessivamente. Hoje em dia as crianças têm muitos estímulos e são-lhes pedidas imensas concretizações. Desde a escola, às actividades extracurriculares, as crianças de hoje em dia não têm tempo para crescer interiormente como pessoas. O que realmente interessa é se eles, com 4 anos já sabem dizer Hello e goodbye…
É evidente que há qualquer coisa que falha. Esta geração de pais, que é a minha, de um modo geral, não tem noção das verdadeiras falhas estruturais de carácter dos filhos. Um dia destes uma colega desabafou que, em resposta a um recado enviado a uma mãe na sequência de um desacato no recreio, foi-lhe dada a justificação que não se compreende porque é que estava a ser importunada, na medida em que o filho tem belíssimas notas.
E, pelos vistos, é isso que interessa.

4 comentários:

Dina disse...

A Visão de 1 de Março trazia um artigo sobre o tema das crianças que estamos a (de) formar. Rm tom de comédia ou talvez não...o jornalista traça o percurso das crianças de hoje.
Passe pelo Coisas Simples que vou colocar lá o artigo já que não tenho outra forma de lho fazer chegar.

Anónimo disse...

Passei por aqui através desta menina aqui de cima e gostei portanto vou voltar de certeza.
Quanto ás crianças de hoje deixam-me muitas vezes com a boca aberta e com o comentário
"como é possível?"
Fui mãe 2 vezes sei o que custa educar mas o que se está a ver
é uma grande falta de respeito e uma desenfreada exigência de tudo.

Conterrânea a viver na Praia das Maçãs

Maria do Consultório disse...

Obrigada pela atenção e pelo comentário.
Fico à espera das suas visitas.
Um abraço

Dina disse...

Grande concentração de elvenses!! :):)